Greve dos Servidores do Meio Ambiente prejudica serviços em Lavras

 

 

A greve dos servidores das nove regionais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente em Minas Gerais, que completou um mês de paralisação nessa quinta-feira, dia 16, tem prejudicado o setor agrícola e empresas que precisam de serviços do órgão.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente no Estado de Minas Gerais (SINDSEMA), a categoria reivindica uma resposta sobre o plano de carreira que foi entregue em outubro de 2015 ao Governo Estadual. Também está na pauta a alteração dos critérios de promoção e progressão, e a retirada dos 50% restantes do fator redutor da fórmula de cálculo da Gedama (Gratificação de Escolaridade, Desempenho e Produtividade Individual e Institucional).

Mas segundo a categoria, até o momento não foi obtido, oficialmente e objetivamente, uma resposta sobre a avaliação e aceitabilidade da proposta e os trâmites a serem adotados.Com apenas 30% do seu efetivo de servidores em atendimento, o Núcleo Regional de Regularização Ambiental, órgão ligado a Secretária Estadual do Meio Ambiente, com sede em Lavras, tem resolvido apenas os casos mais urgentes do setor.

O órgão tem a finalidade de planejar, supervisionar, orientar e executar as atividades relativas à política estadual de proteção do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos formulados e desenvolvidos dentro de suas áreas de abrangência territorial.

Segundo o analista ambiental Rodrigo Mesquita, pelo menos 200 pessoas passam pela instituição semanalmente em busca de diversos serviços, como análise e autorização de intervenções em áreas de preservação permanente, supressão de vegetais, licenciamento ambiental, delimitação de reservas ambientais legais, cadastro e registro de motosserras e tratores, entre outros.

O servidor José Crispim disse que o problema tem afetado principalmente os produtores rurais de Lavras e mais 11 cidades vizinhas, além de profissionais de diversos setores, como a pesca, que, por conta da paralisação, correm o risco de ser autuados pela Polícia Ambiental.

“Nós pedimos uma certa flexibilidade à Polícia Ambiental nesse momento por conta da greve, mas algumas notificações feitas não estão podendo ser relaxadas por conta do Ministério Público”, completou a servidora Natália Nogueira.

Além de um reajuste salarial, a categoria também reclama da falta de veículos adequados e computadores para a realização de serviços por conta das péssimas condições dos mesmos.

“Essa é uma demanda muito antiga. O custo de vida por conta da inflação tem subido nos últimos seis anos, mas não tivemos qualquer reajuste salarial. A única solução para sairmos desse impasse é um acordo como governo. Nesse momento estamos jogados às traças”, finalizou o servidor Alexandre Fernandes.

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