O governo federal ainda não assegurou os recursos necessários para garantir a aquisição completa de livros didáticos para o ano letivo de 2025. Segundo informações divulgadas pela imprensa e confirmadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), há um déficit estimado de R$ 1,5 bilhão no orçamento do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), responsável por distribuir gratuitamente os materiais a milhões de estudantes da rede pública.
O custo total para a execução do programa em 2025 está estimado em cerca de R$ 3,5 bilhões, mas o orçamento reservado até o momento é de R$ 2,04 bilhões. Técnicos do FNDE afirmam que estão em tratativas com a Secretaria de Orçamento Federal para tentar uma suplementação de verbas. No entanto, até o momento, não há garantia formal de que os recursos restantes serão liberados a tempo.
A situação gera preocupação entre educadores, editoras e gestores escolares, já que o PNLD é um dos principais pilares do acesso à educação pública no país. O programa distribui, todos os anos, livros de diversas disciplinas para estudantes da educação infantil, ensino fundamental e médio, além de obras de apoio ao professor.
Além da falta de verbas, o setor enfrenta ainda os reflexos de atrasos em editais e mudanças nos cronogramas desde 2022, o que compromete o planejamento das escolas. Para especialistas, o atual cenário evidencia a perda de prioridade da educação no orçamento da União.
Apesar da promessa do Ministério da Educação de que buscará suplementações para evitar prejuízos, a indefinição orçamentária pode afetar diretamente o início do ano letivo em 2025, especialmente nas escolas mais dependentes do material impresso fornecido pelo governo.
A expectativa é de que o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto avancem nas negociações para recompor os valores do PNLD nos próximos meses. Enquanto isso, redes de ensino e gestores locais seguem em alerta.