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“FOI UMA MATANÇA!” — Lula detona megaoperação no Rio e exige investigação com peritos da PF

Durante entrevista a veículos internacionais nesta terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “matança” a megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. O chefe do Executivo também chamou a ação de “desastrosa” e defendeu a presença de legistas da Polícia Federal nas investigações.

“A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não de matança. E houve uma matança”, afirmou Lula, em referência ao massacre que vitimou 117 suspeitos e quatro policiais. O presidente destacou que, do ponto de vista da atuação do Estado, a operação foi “um desastre absoluto”, e cobrou apuração rigorosa das circunstâncias que levaram ao alto número de mortes.

As declarações foram dadas durante passagem por Belém (PA), onde o presidente cumpre agenda relacionada à COP30, conferência climática da ONU. Lula afirmou que o governo federal acompanhará o caso e que a Polícia Federal deve atuar para garantir transparência nas investigações.

O episódio reacendeu o debate sobre violência policial e controle de operações de segurança pública no país, tema que divide opiniões entre autoridades e especialistas. Enquanto setores da segurança defendem a ação como necessária no combate ao crime organizado, críticos alertam para o risco de banalização da força letal do Estado.

Com o termo “matança” ecoando em todo o país, o presidente deixou claro: “Cumprir mandado não pode significar matar. O Estado tem que dar o exemplo, e não se igualar ao crime.”

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