Filha de lavrense brilha em mostra de arte no Rio de Janeiro

A Sociedade Brasileira de Belas Artes (SBBA) inaugurou nesta quinta-feira, dia 6, o 50° Salão Feminino, com a participação da artista plástica Ana Cristina Maciel. A mostra acontece no antigo casarão colonial que foi residência do Vice Rei do Brasil, em pleno coração do Rio de Janeiro.

Filha da lavrense Carmen Silva de Moura Delphim, a artista plástica especializou-se na criação de esculturas, desenhos e pinturas a partir de materiais reaproveitáveis, principalmente no caso das esculturas.

Ana Cristina vive atualmente no município de Piraí (RJ), na Serra das Araras, e já realizou 12 exposições pelo estado do Rio de Janeiro, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. Ela foi homenageada pela TV Rio Sul, uma afiliada da Rede Globo, e também participou de uma exposição no Museu de Arte Moderna (MAM) de Resende (RJ).

O Salão Feminino foi o primeiro salão de arte brasileiro a congregar somente artistas mulheres, uma história de pioneirismo de 84 anos. O projeto foi idealizado por Georgina de Albuquerque, em 1931, como forma de quebrar a “resistência” em torno da participação feminina nas escolas e nas exposições de artes oficiais no Brasil.

Tela que integra a mostra
Tela que integra a mostra  da Sociedade Brasileira de Belas Artes

Georgina e Cândida Cerqueira, ambas da SBBA, tiveram, também, o apoio da Associação de Artistas Brasileiros e organizaram, em julho de 1931, a primeira mostra que se reeditou anualmente, até 1945.

A partir daí, abriu-se um hiato de 20 anos, quando em 1965, Cinira Novaes (primeira mulher presidente da SBBA) e Eleonora Figueiredo resgataram o salão, trazendo-o de volta à chancela da Sociedade, mas, reiniciando a numeração das edições. Por esse motivo, a festa deste ano será a do Jubileu de Ouro.

Ana Cristina participará da mostra com as telas A Sintonia e Flor de Sentimento. A mostra conta também com trabalhos de fotografia, pintura e desenho de outros artistas. “Hoje em dia o campo das artes é muito democrático, mas nem sempre foi assim. A perpetuação de um salão feminino brinda uma conquista que foi necessário em determinado momento histórico”, disse Ana, que é e sobrinha do ex-diretor do Museu Bi Moreira e professor aposentado Ângelo Alberto de Moura Delphin.

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