Fiéis farão caminhada em agradecimento a Padre Vitor no domingo (8)

 

 

No próximo domingo, dia 08, acontece a caminhada até a  “Árvore de Padre Victor” em Coqueiral. Ela saíra às 6h  da Matriz do Divino Espirito Santo. A caminhada tem 6 km de muito fé, oração, e logo após será celebrada a santa missa presidida pela Pe. Benedito Aluisio Azevedo (Padre Mahaya).

Padre Francisco de Paula Victor, que nasceu em Campanha em 12 de abril de 1827 e faleceu em Três Pontas, no dia 23 de setembro de 1905, paroquiou naquela cidade por 53 anos. Padre Victor é hoje um “servo de Deus”, título que antecede a canonização.

Sobre o religioso, existem muitas lendas e fatos reais, porém, uma coisa é certa: padre Victor foi um grande homem, um benfeitor para Três Pontas. Uma das histórias em torno de padre Victor aconteceu no povoado do Espírito Santo dos Coqueiros, hoje cidade de Coqueiral. Naquele lugar existe uma árvore conhecida como açoita cavalo (Luehea divaricata), onde, reza a lenda, que os cavaleiros viajantes paravam para descansar sob sua frondosa sombra. Um desses “caminheiros” era o padre de Três Pontas, que segundo dizem, numa dessas paradas, pelos idos de 1860, esculpiu no tronco da árvore uma cruz, um dos símbolos do Cristianismo.

Um dos significados teológicos da cruz é o relacionamento da humanidade com Deus, representado pela haste horizontal; a ponta superior da cruz representa a conjunção com Deus, e a ponta inferior, a que toca ao chão, o mundo material. Era comum religiosos marcarem seu caminho com o símbolo da cruz.

A árvore açoita cavalo, mais conhecida hoje como “árvore do padre Victor”, ainda existe e a cruz nela esculpida ainda está lá. Ela se situa na zona rural de Coqueiral, a cerca de 6 km da cidade. A religiosidade dos moradores da região fez com que o símbolo se mantivesse intacto na árvore.

Após a morte do padre começou a surgir a sua fama de santidade, proferida por muitos devotos que diziam recorrer a ele e receber graças. Um século depois de sua morte, foram os descendentes dos antigos moradores daquela região que levaram ao então agrônomo da EMATER de Coqueiral naquela época, Luis Geraldo Resende Reis, até a preferida do padre para descanso do calor, depois de um dia de descanso.

Os moradores ainda relataram que Padre Vitor teria esculpido com um canivete de seu uso pessoal, uma cruz , na casca da árvore, a qual muitos moradores ainda enxergam perfeitamente. Luiz Geraldo conta que a principio não levou a história muito a sério, mas foi até o local por um morador da região.

Assim que chegou, bateu os olhos nas cascas e enxergou o esboço de uma cruz. “Eu senti também uma energia especial, senti que aquele lugar era um lugar de paz, fiz uma oração e sempre que passava por ali , parava um pouco na arvore, virou um habito”, relembra o agrônomo. Luiz Geraldo hoje trabalha na EMATER MG em Varginha mas todo ano faz questão de participar da caminhada.

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