Os acusados de hostilizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seus familiares no aeroporto de Roma enviaram um pedido formal de desculpas à Suprema Corte. A retratação, protocolada na quarta-feira (27), tem como objetivo encerrar o processo judicial em andamento.
Os envolvidos, Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Binotto, solicitaram uma audiência com a presença de Moraes e seus familiares para um pedido de desculpas formal e público. O caso ocorreu em outubro, quando o ministro e sua família foram alvo de ofensas verbais no aeroporto da capital italiana. O episódio gerou grande repercussão e levou à abertura de processo judicial com acusações que incluem injúria e atentado à honra.
O pedido de desculpas
A defesa dos acusados alegou que o pedido de retratação demonstra um “arrependimento genuíno” por parte da família. Segundo os advogados, a iniciativa busca resolver o conflito de forma pacífica, evitando o prolongamento do processo. “Eles reconhecem o erro e estão dispostos a tomar todas as medidas necessárias para demonstrar sua sinceridade”, informou a defesa em nota.
Repercussão do caso
O episódio em Roma reacendeu debates sobre o aumento de ataques a autoridades públicas e seus impactos na segurança institucional. Alexandre de Moraes, que já foi alvo de diversas manifestações hostis em sua trajetória no STF, manteve silêncio sobre o pedido de desculpas até o momento.
Especialistas em Direito apontam que a solicitação pode ser vista como um movimento estratégico para amenizar possíveis sanções judiciais. No entanto, a decisão de aceitar ou não o pedido de desculpas dependerá exclusivamente de Moraes e da Suprema Corte.
O STF ainda não se pronunciou sobre a aceitação do pedido de desculpas. Se a retratação for aceita, o caso poderá ser encerrado sem maiores desdobramentos judiciais. Caso contrário, o processo seguirá normalmente, com possibilidade de penalidades mais severas aos acusados.
O incidente e a tentativa de reconciliação seguem repercutindo nas redes sociais, dividindo opiniões entre críticos e apoiadores do gesto. Enquanto alguns defendem o direito ao pedido de desculpas como uma forma de resolução pacífica, outros apontam que a gravidade do ato exige medidas mais firmes por parte do STF.