A professora e pesquisadora de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jacqueline Muniz, denunciou ter sido alvo de ameaças e perseguição no último sábado (1º), no Rio de Janeiro, após criticar a megaoperação policial que resultou em 121 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão.
Segundo relato da docente, ela foi fotografada sem consentimento quando se dirigia a um restaurante. As imagens foram divulgadas nas redes sociais com mensagens de ódio e incitação à violência, como “dá uma pedrada nela”. Desde então, Muniz tem recebido uma enxurrada de ataques virtuais, muitos partindo de perfis ligados a parlamentares bolsonaristas.
A professora atribui parte da mobilização de hostilidade a publicações de Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que criticaram suas declarações sobre a operação. As postagens, segundo ela, estimularam perseguições e ameaças que colocaram sua integridade em risco. “Transformaram uma crítica técnica em alvo político”, disse.
A UFF divulgou nota oficial em apoio à docente, repudiando as ameaças e afirmando que acompanha o caso junto às autoridades competentes. A instituição reforçou seu compromisso com a liberdade acadêmica e de expressão.
Jacqueline pediu proteção ao Ministério da Justiça e denunciou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público. Ela afirmou que seguirá defendendo o debate público sobre as ações policiais no Rio, mesmo diante das tentativas de intimidação.





