A Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) negou o pedido da Expresso Gardênia para transferir três de suas linhas para a empresa Max Tour Fretamento e Turismo. As linhas, que atendem os municípios de Passos, Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso e Cássia, estavam incluídas em uma tentativa de venda publicada no Diário Oficial de Minas Gerais.
Com o valor arrecadado, a Gardênia pretendia regularizar dívidas com credores e direitos trabalhistas de funcionários demitidos. No entanto, a decisão da Seinfra impede a Max Tour de assumir os trechos, sem que os motivos do indeferimento fossem detalhadamente explicados. O órgão apenas informou que a análise foi feita conforme a legislação vigente.
Recurso judicial e medidas futuras
O advogado da Gardênia informou que vai se reunir com a empresa para decidir os próximos passos após o indeferimento. Por sua vez, a Max Tour declarou que já entrou com recurso na Justiça solicitando esclarecimentos da Seinfra sobre a decisão e aguarda o andamento do processo.
Crise na Gardênia
A crise da Expresso Gardênia se agravou em maio deste ano, quando a empresa suspendeu a operação de diversas linhas após fiscalizações da Seinfra e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). As inspeções apontaram problemas como veículos em más condições de conforto e segurança, além do descumprimento de horários. Como resultado, dezenas de funcionários foram demitidos.
A situação da empresa segue incerta, com as linhas ainda sob responsabilidade da Gardênia e as medidas judiciais em andamento.