A Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu, no Museu Bi Moreira, a visita dos estudantes da Escola Municipal Professor José Luiz de Mesquita para conhecer a exposição “José Luiz de Mesquita: Intelectualidade Negra e Pedagogia da Resistência”. A mostra, aberta em 13/11 no Câmpus Histórico, homenageia um dos maiores educadores de Lavras e permanece disponível ao público até dezembro.
A museóloga da UFLA, Patrícia Muniz Mendes, explica que a exposição reúne documentos, manuscritos e obras originais que resgatam a trajetória de Mesquita, nascido em 1887 e com forte atuação cultural e social na cidade. Entre suas contribuições estão a criação da Sociedade Beneficente dos Operários, da corporação musical Euterpe Operária — que já ultrapassa cem anos — e da Escola Noturna, que ampliou o acesso à alfabetização para trabalhadores.
A iniciativa integra o calendário do Novembro Negro, resultado da parceria entre a UFLA e a Coordenadoria Municipal de Cultura. A curadoria é baseada na pesquisa da historiadora Andrêsa Helena de Lima, que estudou a vida do educador durante o mestrado. Para ela, Mesquita atuou de forma pioneira em práticas hoje reconhecidas como educação antirracista, fortalecendo espaços culturais e formativos dedicados à comunidade negra no pós-abolição.
A abertura contou com a apresentação da Euterpe Operária, fundada pelo próprio educador, em uma homenagem simbólica realizada na Casa da Magia da Ciência.
Na quinta-feira (17/11), alunos da 1ª e 2ª etapa e do 1º ano da escola que leva seu nome visitaram a mostra, exploraram o museu e participaram de atividades educativas. A professora Ingrid Carvalho destacou o impacto da vivência: “Conhecer figuras que contribuíram tanto para a cidade amplia a bagagem cultural dos alunos. Essa experiência ficará marcada na trajetória deles.”
A exposição segue aberta ao público até dezembro, todos os dias, das 7h às 19h.





