A expectativa de vida ao nascer no Brasil voltou a crescer em 2024 e alcançou 76,6 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um avanço de 2,5 meses em relação a 2023, quando o indicador estava em 76,4 anos, e mantém a tendência de recuperação após o período crítico marcado pelo aumento de mortes durante a pandemia de Covid-19.
O levantamento mostra que, embora a longevidade esteja em alta, a diferença entre homens e mulheres permanece significativa. Em 2024, a expectativa de vida masculina ficou em 73,3 anos, enquanto a feminina atingiu 79,9 anos — um intervalo de 6,6 anos, impulsionado por fatores como maior exposição dos homens a causas externas de mortalidade, a exemplo de acidentes e violência.
Segundo especialistas, o crescimento registrado reflete tanto a melhora nos indicadores de saúde quanto a retomada da normalidade após os anos mais severos da crise sanitária. O IBGE reforça que o resultado é um importante termômetro do bem-estar da população e auxilia em cálculos previdenciários e políticas públicas.
A tendência aponta que o país segue caminhando para recuperar o ritmo de evolução da longevidade observado antes da pandemia, mas desafios como desigualdades regionais e acesso a serviços de saúde ainda influenciam diretamente a expectativa de vida entre os brasileiros.
