Exibição de documentário inédito em minas marca dia internacional da mulher na Ufla

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, foi marcado na Universidade Federal de Lavras (UFLA) com a exibição inédita em Minas Gerais do Documentário sobre Antonieta de Barros, primeira mulher negra a ocupar o cargo de deputada no Brasil e também a primeira mulher deputada em Santa Catarina.

A jornalista e cineasta paulista Flávia Person, autora do trabalho, cedeu essa exibição especialmente para marcar a data. O evento aconteceu no Anfiteatro do Departamento de Ciências Exatas (DEX) da universidade.

Logo após a exibição, houve um produtivo debate sobre a questão da mulher na sociedade de hoje e do passado, mediado pelo estudante do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da instituição, Tiago Henrique. O evento teve como orientador o professor Celso Vallin, do Departamento de Educação (DED).

Durante o debate, os participantes destacaram o panorama feminino na sociedade e falaram sobre pequena participação da mulher na política e a necessidade do empoderamento feminino. Eles ainda enfatizaram a ousadia da protagonista diante do machismo daquela época.

Lançado no final de 2015, o documentário “Antonieta” conta a sua história e suas batalhas e, para isso, foram utilizadas imagens de acervos e fotos cedidas por familiares.

Catarinense e filha de escrava liberta, Antonieta de Barros dedicou-se a três causas: emancipação feminina, valorização da cultura negra e educação para todos.


Antes mesmo de ingressar na política, já demonstrava preocupação com essas pautas, tendo fundado um curso voltado para alfabetização da população carente em 1921.


Além disso, fundou e dirigiu o jornal “A Semana” (1922 a 1927) e dirigiu uma revista antes de ser eleita. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu o livro “Farrapos de Idéias”, em 1937.

O documentário
Uma realização da Magnolia Produções Culturais e da Ombu Arte e Cultura, o curta-metragem foi lançado dia 23 de novembro, no Museu da Escola Catarinense (Udesc), prédio que abrigou a Escola Normal Catarinense, onde Antonieta se formou professora e exerceu a profissão, local que foi posteriormente o Instituto de Educação Dias Velho, onde ela também deu aulas e foi diretora.

A produção foi vencedora do Edital Catarinense de Cinema 2013 e pretende reavivar a memória de Antonieta e torná-la conhecida pelas novas gerações.

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