O governo dos **Estados Unidos retirou, nesta sexta-feira (12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados pela Lei Global Magnitsky, encerrando um capítulo de tensão diplomática que perdurou por quase cinco meses.
A decisão, comunicada oficialmente pelas autoridades norte-americanas, foi confirmada em pronunciamentos de veículos internacionais e nacionais no início da tarde desta sexta. Os nomes do ministro e de sua esposa foram excluídos da lista de pessoas sujeitas a restrições financeiras e proibições de negócios com cidadãos e empresas dos EUA, assim como eventuais bloqueios de bens ou ativos no país.
A inclusão de Alexandre de Moraes na lista de sanções havia sido feita em julho de 2025, sob a administração do presidente norte-americano Donald Trump, gerando forte repercussão entre Brasília e Washington. Na ocasião, a medida aplicada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), implicava congelamento de bens e proibição de transações financeiras, além de medidas como restrição de vistos e circulação no país.
Mais adiante, em setembro, a esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, também foi alvo das sanções, o que ampliou o desconforto diplomático e foi interpretado por autoridades brasileiras como uma forma de intensificar a pressão sobre o Judiciário brasileiro.
Até o momento, o governo dos Estados Unidos não divulgou publicamente os motivos específicos que levaram à reversão da inclusão dos dois na lista Magnitsky. A retirada das sanções ocorre num momento em que observadores internacionais têm apontado uma possível reaproximação nas relações bilaterais entre Washington e Brasília, após meses de atritos envolvendo decisões judiciais e políticas comerciais.
Especialistas em relações internacionais afirmam que a revogação pode ter implicações tanto políticas quanto econômicas, abrindo caminho para uma normalização nas relações diplomáticas entre os dois países — ainda que os detalhes dessa trajetória futura permaneçam incertos.
