Empresários lavrenses se reinventam durante a crise provocada pela pandemia

 

 

Em meio a maior crise recente do comércio varejista local provocada pela pandemia da Covid-19, empresários lavrenses têm procurado, com esforço e dinamismo, se reinventar para tentar sobreviver no mercado.

Algumas destas ações partem dos empresários do setor da alimentação e festas, talvez os mais afetados pelas regras impostas pelo distanciamento social nesta quarentena. A maioria deles viu seus negócios diminuírem até 90% neste período. O resultado foi o fechamento de muitos restaurantes e buffets.

No mercado há 16 anos, o empresário Fernando Mascarenhas passou a comercializar refeições via delivery depois que suspendeu temporariamente as atividades de seu buffet. Com a venda de frangos assados, caldos e canjicas, ele tenta reequilibrar sua vida nos últimos meses. Os pedidos dos pratos podem ser feitos pelo Instagram do buffet (aqui).

“Não tive como conseguir um financiamento junto aos bancos, pois são muitas as burocracias encontradas para o pequeno e médio empresário. Todas as nossas festas contratadas foram reagendadas para o próximo ano. Fomos os primeiros a serem prejudicados e seremos os últimos a voltar a trabalhar”, disse o proprietário do Buffett Mascarenhas.

Fernando afirmou que há uma grande demanda pelos serviços delivery, mas a concorrência no setor é desleal.  “Não há como comparar uma empresa que paga impostos e gera empregos com outras que trabalham de maneira informal. Eu defendo que todos têm o direito de trabalhar, mas as condições para isso são desiguais”.

Enquanto se especializa em um curso superior na área de Gastronomia,  o empresário tem esperança de voltar a trabalhar em breve. Com isso, pretende recontratar dois funcionários que precisou dispensar neste período de quarentena.

Solidariedade

O mesmo acontece com a empresária Rosylaine Aparecida Camargo dos Santos, que há 14 anos trabalha no ramo de decoração de festas infantis e buffets. Ela também reclama da competitividade desigual entre empresários formais e informais. “Os valores cobrados por muitas pessoas ficam bem abaixo do mercado, mas a qualidade deixa a desejar”, salientou.

A empresária revela que essa era a sua única área de atuação profissional. A atividade gerava uma cadeia produtiva responsável por 20 empregos diretos. Ela também não conseguiu, por uma série de fatores, se cadastrar para ter acesso ao Auxílio Emergencial disponibilizado pelo Governo Federal, o que aumentou a sua sobrecarga emocional.

A empresária Rosy Realeza buscou na solidariedade uma forma de enfrentar a pandemia 

Lutando contra crises de ansiedade e pânico, a proprietária da Rosy Realeza encontrou na solidariedade uma forma de enfrentar este momento. “Eu passei a ajudar pessoas necessitadas com a doação de roupas e alimentos. O desemprego cresceu bastante neste momento. Usei também as redes sociais para questionar a situação da nossa cidade que está uma vergonha”.   Para conhecer o trabalho de Rosy Realeza clique aqui.

Para a empresária, as expectativas com relação ao futuro são preocupantes.   “Essa situação tende a piorar. Toda população vai ser penalizada pela pandemia. Temos que ter esperança, pois tudo depende da gente”, finalizou.

 

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