A secretária de Educação de Minas Gerais, Júlia Sant’Anna, confirmou que o governo pretende demitir mais de 650 seguranças em cerca de 200 escolas do estado. A medida é parte das ações para enxugar os gastos por causa da crise financeira.
Segundo Júlia Sant’Anna, o dinheiro gasto por mês com os profissionais poderia ser usado para reformar 50 escolas mensalmente e o governo anterior deixou uma dívida de R$ 28 bilhões. “Nós estamos analisando com muito cuidado essa questão. Me preocupa um pouco é o fato de que a gente está com recurso escasso e, infelizmente, não houve uma fala sobre como solucionar a questão”, destaca.
Em contrapartida, os vigilantes afirmam que o estado tem outras saídas para economizar e a retirada favorece a violência nas escolas. “Se for rescindido o contrato, vão ser 653 pais de famílias, 653 profissionais sendo dispensados erroneamente (…) e tirando a vigilância vai ter depredação do patrimônio, vai ter roubos, furtos, automaticamente o governo e as escolas vão ter que arcar com isso”, enfatiza.
Críticas
O deputado Léo Portela (PR) criticou o governo. “Assumiu o estado sabendo o que ele estava assumindo, então não é momento de ficar dizendo que o estado está quebrado, que a culpa é do Pimentel, que a culpa é do Anastasia, que a culpa é do Aécio, que a culpa é até do Itamar lá atrás… é momento de resolver a situação de Minas Gerais”.
Os vigilantes devem acampar na porta da assembleia legislativa em protesto contra a possibilidade de dispensa.
*Rádio Itatiaia
