Do que me lembro de “A Pantera Cor de Rosa”, lembro mais de como utilizavam o desenho como bulling pela minha magreza seja na escola ou na vizinhança; ainda assim eu gostava do desenho que me representava como ainda representa (kkkk). Depois dos “Simpsons” pensei que só eu gostasse de “Shaun o Carneiro” e aquela perfeição rústica da fazendinha, atualmente ganhando até a lista de filmes mais populares um tanto por suas histórias inusitadas e outro tanto pela perfeição gráfica atenta aos detalhes. Pode isso? Mas, o “Irmão do Jorel” ah, esse dá uma sessão de terapia gratuita para aqueles que, como eu, tiveram um irmão bonito demais na adolescência, naquela fase em que ninguém é bonito. Eu tive uma irmã assim! Era bonita como o irmão do Jorel, exatamente como no desenho, com os cabelos sempre alinhados, sem nem sequer um fio fora do lugar. Era animada, cercada de amigos naturalmente e sem qualquer esforço. Eu tinha orgulho dela. Minha família era desconjuntada faltando itens de harmonia (ainda mais em mim); entretanto, tinha uma irmã bonita o suficiente para nos salvar. Quem precisa de terapia para lidar com essa diferença? Vá lá assistir ao desenho e depois me fala se não é bom ser o irmão do bonito cujo nome apaga todos os demais; e descobrir sua família dentro daquela história engenhosamente colocada nas personagens que lembram acertos e desacertos caricatos e cômicos se não fossem trágicos quando vividos. Isto é perspicácia em lidar com o cérebro humano ainda não lido por nenhuma máquina, porém, podendo ser retratado pela interpretação mais atenta da qual podemos fazer uso sem gastar nada, exceto disposição para apreciar e absorver os benefícios da inteligência artística. Vale aproveitar!
