Por Diego Nascimento*
Dominar o inglês como segundo idioma tem permitido que eu dialogue com profissionais de vários países. Em meio a essa diversidade cultural descobri que há um sentimento comum nesse mundo pós-moderno e que preocupa meus colegas de trabalho, independente da nacionalidade ou posição geográfica: a inveja. Essa característica é mais comum do que se pensa. Ao passo que deveríamos ter mais maturidade nas falas e atitudes, parecemos estar caminhando rumo ao abismo da perdição. E você não precisa ir longe para atestar isso, posso garantir.
Mediocridade: essa é a palavra que uso para caracterizar os que fazem da inveja uma aliada diária. Essa característica corrói a alma, machuca o corpo. Celebra desavenças e constrói os mais sórdidos cenários no trabalho e até dentro de casa. Fico imaginando quem alimenta esse sentimento: passa a vida correndo atrás do vento e nunca está satisfeito com nada. A boa notícia é que existe cura para esse mal que atravessa eras na história humana e que tem espaço garantido em lugares inimagináveis.
A inveja é acompanhada do orgulho; aquela sensação de soberania que lamentavelmente alguns profissionais têm. O grande livro de Provérbios, que não canso de dizer que é parte da base fiel e sagrada de ensinamentos para o relacionamento humano, registra no capítulo 14, verso 23, um profundo alerta: “O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos.” Como eu disse, a saúde emocional é capaz de apontar caminhos para o sucesso ou para o fracasso. A cura para os “profissionalmente doentes” está na humildade, na mansidão e na busca pela referência em quem deu a maior prova de amor ao próximo.
Você conhece alguém com esses sintomas? Embora eu saiba a sua resposta sugiro que aja com misericórdia em casos assim. Mas saiba que ninguém é inocente a ponto de ser praticante ocasional desse sentimento que tem destruído carreiras e até famílias. Se houver abertura, dialogue. Do contrário, apenas observe. A cada dia que passa o mercado de trabalho se fecha para gente que gosta de ser medíocre.
Diego Nascimento é jornalista corporativo, palestrante e consultor.
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