Detran-MG reforça importância da utilização do cinto de segurança no Carnaval

A obrigatoriedade do uso do cinto de segurança completa 20 anos em 2017 e, em véspera de Carnaval, um dos feriados mais movimentados nas estradas do país, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), reforça o alerta para a utilização do equipamento, que pode salvar vidas.

Dados da PCMG/Detran-MG apontam que a frota no estado saltou de 3.255.948 veículos no ano 2000 para 10.124.489 em 2016. Em 16 anos, houve um crescimento de mais de 65% na quantidade de carros registrados em Minas Gerais. Só no último ano, o aumento foi de mais de 6% no número de veículos.

Porém, apesar do aumento da frota, o estado registrou queda no número de autuações por não utilização do cinto (por condutor e por passageiro) nos últimos anos. Foram 99.525 registros em 2015 e 84.127 em 2016, uma queda de mais de 15%.

Mesmo com a redução, Minas Gerais segue como o terceiro estado com maior número de autuações no país, atrás apenas de São Paulo e Goiás. Os índices ainda são considerados altos.

A obrigatoriedade da utilização do cinto é definida pelo Artigo 65 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “A multa aplicada, tanto no caso de o condutor ou o passageiro estarem sem o cinto de segurança, é de quase duzentos reais e faz o motorista perder cinco pontos na carteira”, ressalta a delegada adjunta da Coordenação de Infrações e Controle do Condutor do Detran-MG, Cláudia Calhau.

Delegada Cláudia Calhau ressalta que o cinto de segurança salva vidas – Divulgação/PCMG
“Tem gente que ainda acha que é bobeira, mas o cinto de segurança realmente salva vidas. Isso já foi comprovado tecnicamente, tanto pelas estatísticas quanto em experimentos conduzidos por especialistas”, reforça Cláudia.

O engenheiro ambiental Guilherme Ferrari, 29 anos, não dirige sem cinto de segurança. “Cochilei no volante voltando para casa de madrugada, no ano passado. Meu carro estragou bastante, e, apesar de não ter sido um acidente de alta gravidade, acredito que se eu estivesse sem cinto poderia ter me machucado gravemente, principalmente por estar dormindo, então não tive qualquer reação de defesa. Graças ao cinto, não tive nenhuma escoriação”, conta.

A delegada Cláudia Calhau reforça ainda que alguns motoristas utilizam equipamentos e acessórios no cinto de segurança – para ficar frouxo, por exemplo -, que não são permitidos por lei. “Por questão de segurança, não deve haver nada acoplado ao cinto. A infração, neste caso, é a de conduzir veículo com equipamento obrigatório ineficiente ou inoperante, que também é grave e tem multa de quase duzentos reais”, destaca.

Crianças

“O que muita gente não sabe é que, se o motorista estiver transportando crianças sem o dispositivo de segurança adequado, configura infração gravíssima, com perda de sete pontos na carteira e multa de quase trezentos reais”, afirma a delegada Cláudia Calhau.

Bebês de até um ano de idade devem ser colocados no bebê conforto, de costas; de 1 a 4 anos, na cadeirinha, que deve ser presa com o cinto de segurança; crianças de 4 a 7 anos e meio, no assento de elevação; de 7 anos e meio a 10, no banco de trás, utilizando cinto de segurança; somente após 10 anos a criança pode andar no banco da frente, também sempre com o cinto.

Conscientização

Apesar do aumento da frota no estado, a delegada acredita que a diminuição no número de infrações deve-se, principalmente, às campanhas de educação no trânsito. Para o Carnaval, por exemplo, o Detran-MG realizou ações durante todo o mês de fevereiro, com o objetivo de orientar a população para um feriado seguro nas estradas, nas rodovias e nas vias urbanas, respeitando os limites de velocidade, as leis de trânsito e sobretudo a vida.

“As pessoas podem e devem se divertir no Carnaval, mas é preciso preservar a segurança nas estradas, para não estragar as festividades”, diz Cláudia Calhau.

Durante todo o ano, o Departamento de Trânsito promove ações e campanhas educativas, inclusive com crianças. “Investimos na educação das crianças para o trânsito, porque, além de serem futuros condutores, elas levam o que aprendem para casa, ajudando a conscientizar a família”, destaca a delegada.

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