O Brasil não avançou na redução do analfabetismo funcional nos últimos anos. Segundo dados recentes, 29% da população entre 15 e 64 anos se encontra nessa condição — o mesmo índice registrado em 2018. O cenário atual representa ainda um retrocesso em comparação a 2009, quando a taxa era de 27%.
A pesquisa aponta que, apesar de políticas públicas voltadas para a educação básica e de jovens e adultos, o país enfrenta dificuldades para promover avanços consistentes nesse campo.
“A alfabetização é um processo contínuo, por isso, consideramos que existem níveis de proficiência dentro dele. É bastante preocupante que a proporção de jovens e adultos brasileiros no analfabetismo funcional esteja estática há tanto tempo. De 2018 para cá, não houve avanço”, afirma Ana Lima, coordenadora do estudo.
O analfabetismo funcional se refere à limitação em compreender e interpretar textos simples, realizar cálculos básicos e aplicar esses conhecimentos no cotidiano. A persistência desse problema compromete o desenvolvimento social e econômico do país, além de dificultar a participação plena dos cidadãos na vida pública e no mercado de trabalho.
Educadores e especialistas defendem a necessidade de políticas integradas que garantam acesso à educação de qualidade, formação continuada de professores e iniciativas que estimulem a leitura e o letramento ao longo da vida.
Informações e imagem: Folha de São Paulo