O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) voltou a celebrar aquilo que boa parte dos brasileiros já conhece bem: o surgimento de mais um imposto. Desta vez, o alvo são os refrigerantes com açúcar, que passarão a pagar uma carga tributária ainda maior, sob o argumento de promover saúde pública e combater o consumo excessivo de bebidas adoçadas.
Em publicações e declarações recentes, o parlamentar demonstrou entusiasmo com a medida, defendendo que o aumento do imposto funcionaria como instrumento de conscientização da população e de incentivo a hábitos mais saudáveis. Para o deputado, taxar o açúcar seria uma forma eficaz de reduzir problemas como obesidade e doenças crônicas.
Do outro lado, críticos não poupam ironias. Para eles, a solução apresentada segue a velha cartilha: diante de qualquer problema, cria-se ou eleva-se um imposto, enquanto o consumidor final, especialmente o de menor renda, paga a conta no caixa do supermercado. Refrigerantes, que já sofrem alta carga tributária no Brasil, tendem a ficar ainda mais caros, sem garantia concreta de melhora nos indicadores de saúde.
Economistas também apontam que a medida pode ter impacto limitado no consumo e acabar funcionando apenas como reforço de arrecadação. Já setores da indústria afirmam que o aumento de impostos pode gerar fechamento de postos de trabalho e encarecer produtos populares.
Enquanto isso, Chico Alencar comemora. Para o contribuinte, resta decidir entre pagar mais caro pelo refrigerante ou brindar com água — igualmente tributada, ainda que com menos entusiasmo político.
Fonte: Declarações públicas do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e debates sobre a política de tributação de bebidas açucaradas no Congresso Nacional.





