Uma curiosidade que muitos apaixonados por carros desconhecem: o famoso Fusca, ícone da indústria automotiva nacional, não nasceu com esse nome. Quando chegou ao Brasil, o modelo era chamado oficialmente pela Volkswagen de VW Sedan. No entanto, foi o povo brasileiro que, espontaneamente, transformou o carro em um símbolo cultural — e também em um fenômeno de apelido.
O termo “Fusca” surgiu da forma carinhosa e peculiar com que os brasileiros passaram a pronunciar “Volkswagen”. A palavra alemã, difícil para muitos na época, acabou se deformando em variações como “Fóquisvaguen”, “Fuskavagen” e, finalmente, “Fusca”, que pegou de vez. A associação com o nome alemão “Käfer”, que significa “besouro”, também ajudou a fortalecer o apelido, já que o carro lembrava mesmo um inseto arredondado e simpático.
A força do nome popular foi tão grande que a própria Volkswagen acabou cedendo. Em 1983, quase 30 anos após o início da produção nacional, a montadora oficializou o nome Fusca, reconhecendo que o apelido brasileiro se tornara maior que a nomenclatura original.
Hoje, o Fusca segue como um dos automóveis mais queridos da história do Brasil, prova de que, às vezes, o povo batiza um carro melhor do que a própria fábrica.
