Após a controvérsia envolvendo os altos valores das acomodações em Belém, a COP30 volta a gerar revolta — desta vez, por causa dos preços da comida e das bebidas dentro da área restrita do evento.
Nos poucos cafés já em funcionamento na chamada Zona Azul, área de acesso controlado que concentra delegações, jornalistas e autoridades, os preços surpreendem até os visitantes mais acostumados a eventos internacionais. Uma lata de água de 350 ml custa R$ 25, uma coxinha de frango sai por R$ 30, e um pedaço de bolo de cenoura com chocolate chega a R$ 40.
Nem o tradicional café escapou da inflação da sustentabilidade: o coado de 60 ml é vendido por R$ 18, enquanto o café com leite zero lactose alcança R$ 35.
Participantes relataram espanto e frustração nas redes sociais, ironizando que o “menu sustentável” da COP30 parece mais voltado a quem veio falar sobre economia verde do que a quem precisa economizar para comer. “Parece que o calor da Amazônia também derreteu o bom senso”, comentou um representante latino-americano.
A organização do evento ainda não se manifestou oficialmente sobre os valores, mas o episódio reforça as críticas à falta de planejamento logístico e à elitização da conferência.
Fora da Zona Azul, vendedores ambulantes relatam aumento da procura por opções populares. “Aqui a gente vende água a R$ 5 e ainda sorri pro freguês”, brincou uma comerciante local.




