Covid-19: CNBB orienta fiéis sobre a participação nas missas

 

Antes de tudo, é importante saber que cabe ao bispo de cada Igreja Particular, segundo as diretrizes permitidas pelos governos estaduais e municipais, orientar os fiéis no retorno às atividades presenciais. Um documento com todas as indicações já foi enviado ao episcopado brasileiro, entre elas, o uso obrigatório de máscaras de proteção que só poderão ser retiradas na hora da comunhão. A missa campal, celebrada ao ar livre, também é outra opção para as comunidades.

As medidas de contenção da contaminação pelo coronavírus são distintas em diferentes países, principalmente, desde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a pandemia em 11 de março. No Brasil, a mais grave crise mundial das últimas décadas tem sido enfrentada segundo medidas de distanciamento social adotadas pelos governos estaduais e municipais.

Nesse contexto, as autoridades têm permitido a flexibilização da quarentena, como a possibilidade de retomar a realização das atividades religiosas e celebrações eucarísticas. Para melhor orientar a comunidade católica, neste domingo (31) a CNBB enviou um documento ao episcopado brasileiro indicando as diretrizes para esse retorno gradual.

As “Orientações para as Celebrações Comunitárias no contexto da pandemia da Covid-19” fazem parte de um documento datado de 21 de maio e assinado por Dom Edmar Peron, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB. Esse comitê elaborou as medidas a partir de experiências vividas em âmbito brasileiro e também por dioceses do exterior, como aquelas de Portugal, que já vive a fase de retomada das celebrações.

Importante enaltecer que cabe, contudo, ao bispo de cada Igreja Particular, segundo a realidade local, orientar os fiéis no retorno às atividades presenciais. O documento procura trazer uma série de orientações gerais para organizar e realizar as missas, além de cuidados que devem ser tomados antes, durante e após cada celebração. Por exemplo, quem faz parte dos grupos de risco ou apresenta sintomas de Covid-19 deve permanecer em casa, onde as comunidades poderão, inclusive, ministrar a comunhão eucarística, respeitando as medidas sanitárias. Outro convite é para a leitura orante em família, através dos roteiros disponibilizados toda semana pela Comissão de Liturgia da CNBB.

O acesso será limitado às celebrações e dependendo da capacidade do local de culto. Além disso, “onde e quando for possível seja dada preferência às celebrações campais, ao ar livre”.

O uso de máscara é obrigatório

Para quem vai à igreja, é obrigatório o uso de máscaras, que poderão ser retiradas no momento da comunhão. As portas de entrada e de saída, sempre que possível, devem ser distintas, e onde estarão disponíveis produtos para higienizar as mãos. Outra indicação é que as comunidades coloquem, em locais visíveis, cartazes com as observações relativas à higiene e regras de distanciamento para evitar a disseminação do coronavírus.

Além disso, as atividades de catequese e outras ações formativas continuam sendo realizadas “apenas por meios telemáticos” ou seguindo orientações do bispo diocesano. Estão suspensas, porém, “as peregrinações, procissões, festas, romarias, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares em grandes grupos, passíveis de forte propagação da epidemia”.

A divulgação do documento, que também traz detalhes sobre como proceder durante Batismo, Primeira Comunhão e Matrimônio, por exemplo, confirma a responsabilidade da Igreja em oferecer um bom planejamento, com “muita coragem e esperança”, em sintonia com as autoridades. Para isso, porém, é “necessário garantir atitudes e posturas contra a infecção” que visem “o cuidado, a defesa e a preservação da vida”.

Fonte: Andressa Collet – Vatican News

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