Em um anúncio bombástico na última sexta-feira (31), o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, revelou que a empresa encerrou o ano de 2024 com um prejuízo fiscal astronômico de R$ 2,13 bilhões, o maior da história da estatal. Este rombo colossal supera o déficit de R$ 2,1 bilhões registrado em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff.
Sob a gestão de Silva dos Santos, indicado pelo grupo Prerrogativas e conhecido por sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os Correios enfrentam uma crise sem precedentes que ameaça sua própria existência. Medidas emergenciais foram adotadas, incluindo a implementação de um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões, suspensão de contratações de terceirizados e renegociação de contratos. Mesmo assim, a estatal não conseguiu evitar o desastre financeiro.
A situação é agravada por decisões polêmicas da atual administração, como a desistência de recursos judiciais em ações trabalhistas que somam quase R$ 1 bilhão e a assunção de dívidas previdenciárias de R$ 7,6 bilhões com o Postalis, fundo de pensão dos funcionários. Além disso, a controversa “taxa das blusinhas”, política de taxação de compras internacionais abaixo de US$ 50, implementada no governo Lula, teria reduzido a receita da estatal em outro R$ 1 bilhão.
Especialistas alertam que, se o cenário atual persistir, os Correios correm sério risco de insolvência, podendo necessitar de um resgate financeiro pelo Tesouro Nacional para evitar o colapso total. A pergunta que fica é: haverá salvação para a estatal ou estamos testemunhando o fim de uma era?