Conta de luz da Cemig fica 28,8% mais cara a partir de hoje

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A conta de luz dos clientes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai aumentar 28,8%, em média, a partir desta segunda-feira (2), conforme aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para as residências, o reajuste será de 21,39%.

A elevação faz parte da Revisão Tarifária Extraordinária (RTE), que abrangeu 58 distribuidoras no país (média de 23,3%). No caso da Cemig, em 8 de abril haverá novo aumento, correspondente ao reajuste anual. Especialistas estimam que a conta de luz do brasileiro ficará até 60% mais cara do que no mesmo período de 2014.

Ainda hoje começa a vigorar o aumento de 83% na bandeira tarifária vermelha, que será cobrada sempre que os níveis das hidrelétricas forem desfavoráveis à geração, exigindo o uso intensivo de usinas termelétricas. Dessa forma, dos atuais R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, o consumidor passará a pagar R$ 5,50. A bandeira tarifária para o mês de março de 2015 é vermelha e deve permanecer nessa cor pelos próximos meses.

As revisões extraordinárias ocorrem quando há mudanças significativas nos custos dos componentes tarifários. Segundo a regulamentação do setor, esses custos devem ser repassados à tarifa e pagos pelo consumidor. No caso da RTE aprovada na última sexta-feira (27), o objetivo é cobrir os empréstimos feitos com a Conta de Desenvolvimento do Setor Energético (CDE) às concessionárias e recompor o custo da energia comprada no último leilão.

Embora o leilão tenha contribuído para reduzir a exposição das empresas ao risco da energia cara, o preço negociado foi maior do que o previsto, onerando o consumidor. Vale ressaltar que as distribuidoras ignoraram o leilão anterior, cuja energia era mais barata.

O aumento do custo da energia de Itaipu, que subiu 46% em dólar na comparação com 2014, também entra nas contas da RTE. “Devido à valorização da moeda norte-americana, a expectativa é a de que a energia para a indústria suba mais do que para as residências”, afirma o presidente da CMU Energia, Walter Fróes.

Transmissão

Fróes explica que a parcela de transmissão cobrada das indústrias é menor do que a exigida das residências. Como o valor da energia teve maior impacto no índice por meio de Itaipu, provavelmente haverá maior pressão desse componente nas tarifas de alta tensão.

O voto do diretor da Aneel Reive Barros dos Santos, ao autorizar a RTE, prevê que os consumidores de alta tensão (grandes indústrias, shopping centers, supermercados) terão alta de 29,1% da conta da Cemig. A companhia informou, porém, que o índice não deve ser considerado ao pé da letra.

Segundo a Aneel, o impacto médio para o Brasil para o segmento de alta tensão será de 24,2%. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o índice médio é de 29,3%. No Nordeste e no Norte, de acordo com a agência, será de 6,6%.

Fonte: Hoje em Dia

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