A ex-ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou nesta segunda-feira (5) que sua demissão do governo Lula não está relacionada às acusações de assédio moral feitas contra ela por servidoras no início do ano. Segundo Cida, as denúncias foram arquivadas e não houve registro formal nos canais de denúncia da pasta.
“Não contou a questão do assédio, eu preciso dizer aqui. Isso foi arquivado, não existe. Nós não temos denúncia no Ministério das Mulheres”, declarou a ex-ministra a jornalistas. Ela reforçou que a decisão foi motivada pela necessidade de renovação no ministério, e não por incompetência ou conflitos internos. “É uma troca de rumo, de momentos. Tem hora que você está no limite do esgotamento daquilo que pode avançar.”
Cida será substituída por Márcia Lopes, assistente social e ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome durante o segundo mandato de Lula. Filiada ao PT, Márcia retorna ao governo federal com a missão de dar continuidade às políticas voltadas à equidade de gênero e proteção às mulheres.
As denúncias de assédio contra Cida vieram à tona após um desentendimento com a ex-secretária nacional Carmen Foro, exonerada em agosto de 2024. As servidoras relataram ameaças de demissão, cobrança excessiva, gritos e posturas hostis. No entanto, o caso foi encerrado pelo Conselho de Ética, e, de acordo com o ministério, nenhuma acusação foi registrada oficialmente.
Apesar das polêmicas, Cida se despediu dizendo estar “tranquila, leve e feliz”, afirmando que sua saída representa uma passagem de bastão para uma nova perspectiva no comando da pasta.