A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a proposta de adoção do voto impresso representaria um retrocesso e poderia colocar em risco a integridade das eleições brasileiras.
Durante entrevista recente, Cármen Lúcia afirmou que a impressão do voto “não traz segurança ao eleitor, mas insegurança ao eleitor e à sociedade”. A ministra alertou que o mecanismo poderia ser usado pelo crime organizado ou por empresários para coagir eleitores, rompendo o sigilo que é um dos pilares do processo democrático.
“A impressão não traz segurança, traz insegurança. Poderia permitir que o voto fosse exibido, o que abre espaço para pressões e ameaças, inclusive de organizações criminosas”, declarou.
Ela reforçou que as urnas eletrônicas brasileiras são íntegras, auditáveis e auditadas, e que eventuais mudanças devem ser baseadas em critérios técnicos e não em desconfianças políticas.
Além disso, Cármen Lúcia destacou que o TSE prepara uma série de ações para combater a desinformação nas eleições de 2026, apontando que a propagação de boatos sobre fraudes eleitorais tem se tornado uma ameaça à democracia.
“O combate à desinformação é uma questão prioritária do mundo contemporâneo. Democracia se constrói com confiança e verdade”, afirmou.





