Em 4 de dezembro de 2011, Carlos Lupi (PDT) pediu demissão do cargo de ministro do Trabalho e Emprego do governo Dilma Rousseff, após uma série de denúncias envolvendo irregularidades em convênios com organizações não governamentais (ONGs) e uso indevido de recursos públicos. Lupi foi o sétimo ministro a deixar o governo Dilma em seu primeiro ano de mandato, sendo o sexto por suspeitas de corrupção.
As denúncias começaram com a revelação de que assessores do ministério estariam cobrando propina de ONGs conveniadas à pasta. Posteriormente, veio à tona que Lupi utilizou um avião particular pago por uma dessas entidades durante viagem oficial ao Maranhão em 2009. Inicialmente, o ministro negou conhecer o empresário responsável pela ONG, mas fotos e vídeos comprovaram o contrário.
Além disso, reportagens apontaram que Lupi ocupou simultaneamente cargos de assessor parlamentar na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro por quase cinco anos, caracterizando possível acúmulo indevido de funções públicas.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou a exoneração de Lupi, alegando “inquestionáveis e graves falhas” como gestor. Diante da pressão, o ministro entregou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff, que aceitou o pedido. Em nota oficial, Lupi atribuiu sua saída à “perseguição política e pessoal da mídia” e afirmou sair com a “consciência tranquila do dever cumprido”.
Após sua saída do ministério, Carlos Lupi retornou à presidência nacional do PDT em 2012 e, em 2014, candidatou-se ao Senado pelo Rio de Janeiro, ficando em quinto lugar.