No último sábado, uma mulher autista vivenciou uma situação constrangedora em um supermercado de Lavras. Diagnosticada tardiamente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a cidadã, que preferiu não se identificar por medo de represálias, relata os desafios diários que enfrenta em espaços públicos, agravados pela falta de compreensão e empatia.
Durante sua ida ao estabelecimento, ao tentar acessar a fila prioritária — um direito garantido por lei às pessoas com deficiência (PcD), incluindo indivíduos no espectro do autismo — ela foi alvo de comentários hostis de uma senhora acompanhada de seu marido. Segundo a autista, a hostilidade foi motivada pela utilização de fones de ouvido com cancelamento de ruído e óculos escuros, adaptações que a ajudam a lidar com os estímulos sensoriais excessivos do ambiente.
“Parece que ainda prevalece a ideia equivocada de que o autismo ‘tem cara’ ou características visíveis”, desabafa a mulher. “Isso reforça preconceitos e agrava a convivência em espaços coletivos.”
O episódio, segundo a autista, é mais um exemplo da falta de preparo e empatia em ambientes públicos e privados. Ela destaca que as dificuldades enfrentadas por pessoas com TEA em locais movimentados não são imaginárias ou supérfluas, mas reais e frequentemente debilitantes.
Urgência por conscientização
Para a ativista, é essencial que campanhas de conscientização sobre o autismo sejam intensificadas em âmbito local e nacional. “A sociedade precisa entender que o TEA é uma condição invisível, mas que merece o mesmo respeito e consideração que qualquer outra deficiência”, pontua.
Ela ainda ressalta que situações de discriminação e preconceito em espaços públicos reforçam a necessidade de ações que promovam inclusão e respeito às diferenças. “Mais empatia, informação e solidariedade poderiam transformar experiências cotidianas em encontros respeitosos. Até lá, autistas adultos como eu continuarão resistindo e ocupando os espaços que são seus por direito.”
Furto em veículo no Centro de Lavras resulta em prejuízo de R$ 1.400
Um furto a um veículo estacionado na Rua Misseno de Pádua, no Centro de Lavras, foi registrado nesta segunda-feira (data). De acordo com informações exclusivas fornecidas pela Polícia Militar à Rádio Cultura, a vítima, uma mulher, relatou que deixou o carro estacionado na via pública e esqueceu de trancá-lo. Durante sua ausência, uma bolsa feminina foi furtada do interior do veículo.
Segundo a vítima, a bolsa continha diversos pertences, incluindo uma bolsa menor com cartões de crédito e documentos pessoais. Após o furto, um cidadão encontrou e devolveu a bolsa principal, mas os cartões e outros itens menores já haviam desaparecido. Pouco tempo depois, a mulher recebeu uma notificação de saque bancário no valor de R$ 1.400, realizado às 18h30, utilizando seu cartão da Caixa Econômica Federal.
A Polícia Militar analisou imagens de segurança capturadas no local do crime e identificou um suspeito conhecido por seu histórico de furtos. Apesar das diligências realizadas, o homem ainda não foi localizado.
A PM reforça a importância de medidas preventivas, como trancar os veículos e evitar deixar objetos de valor à vista, para dificultar a ação de criminosos. A investigação segue em andamento.