As três em escaleno – 21/11/2020

 

Tríade, tríduo, trio, três; assim nos espalhamos por este planeta cedido a nós justamente para espalharmos tudo quanto for possível. Já que a jornada nos leva para onde ousarmos, caiu sobre as duas mais novas, uma estrela que respingou em mim, a terceira ponta deste triângulo escaleno, que de tão escaleno nos fez todas diferentes entre si. Respingada que fiquei, sobrou para mim um pouco das suas vontades de desbravar, já que de todo o resto as duas cuidam bem.

Hoje o consolo é saber que meu desbravamento pessoal tem sido sobre pessoas e situações, ao passo que os seus são menos corpo a corpo e mais cabeça com cabeça, eliminando a dor física que pode assolar de forma inquestionável.

Alegra-me sermos escalenas, sabendo que, no entanto, nos completamos num triângulo como são todos eles; guardam suas  correspondências, nem sempre biunívocas, mas, certamente complementares, dado ao grau de parentesco que nos une.

Logo, sem querer medir qual ângulo é maior, não costumamos nos comparar, mesmo porque as semelhanças são todas aquelas que nos separam e as diferenças são todas as que nos unem. Assim, numa geometria que não chega a ser plana, tampouco espacial, ficamos as três no meio, talvez na analítica, cada qual com sua característica, mas todas conectadas, algumas vezes com prazer, outras porque a figura que formamos se completa com três lados diferentes, escalenamente…

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