Apacs em Minas Gerais terão energia solar

 

 

Sustentabilidade e ressocialização. Esses são alguns dos pilares dos protocolos de intenções que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) assinou na manhã desta terça-feira (12/11) com a Cemig, a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), o Sistema Fiemg e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Um dos protocolos visa a promover o uso eficiente e racional de energia elétrica nas Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs), com o treinamento das equipes de recuperandos para implantação de instalações elétricas e de montagem de sistemas fotovoltaicos – capazes de gerar energia elétrica através da radiação solar. Nesse sentido, foi assinado um protocolo de intenções com o Sistema Fiemg.

Reconhecimento

Durante a assinatura dos protocolos, o presidente do TJMG, desembargador Nelson Missias de Morais, ressaltou a alegria de receber a direção da Cemig e do Instituto Minas pela Paz, para um ato em apoio às Apacs de Minas.

“Empresários costumam ser associados à produção de riqueza, à geração de empregos e ao crescimento econômico do País. Cledorvini Belini, presidente da Cemig, é um empresário de sucesso; mas é, sobretudo, um ser humano extraordinário, que levou para a vida esse projeto importante, voltado para aqueles que vivem à margem da sociedade”, disse.

Dirigindo-se aos presidentes da Cemig e da Fiemg, que, ressaltou, são empresários possuidores de grande sensibilidade social, o chefe do Judiciário mineiro declarou, de público, o reconhecimento ao papel que ambos têm desempenhado, por meio do Instituto Minas pela Paz, em prol das pessoas mais fragilizadas da sociedade.

O presidente Nelson Missias contou ser um entusiasta da metodologia apaquiana, que conheceu no início da carreira na magistratura e da qual tornou-se “um fiel seguidor e defensor.”

“Ainda hoje me emociono ao lembrar a frase do José de Jesus, um condenado a mais de 100 anos e protagonista de inúmeras fugas de prisões. Depois de algum tempo em uma Apac, quando lhe perguntaram por que não fugia dali, respondeu: ‘Porque do amor ninguém foge’.”

Para o presidente Nelson Missias, esse é um exemplo da essência da filosofia da Apac, que se propõe a tratar os recuperandos, oferecendo-lhes condições para se recuperarem e voltarem à convivência social.

O chefe do Judiciário mineiro contou que sua gestão tem atuado para fortalecer a metodologia apaquiana. Lembrou ainda que apresentou o método ao governador de Minas, Romeu Zema, a governadores de outros estados do Sudeste e ao ministro da Justiça, “sempre na expectativa de ampliar o apoio às Apacs e fortalecer seu espírito”.

Entre outros pontos, contou que os esforços do Judiciário mineiro contribuíram para aumentar o número de vagas nas unidades da associação em Minas – hoje já são mais de 4 mil – e permitiu inaugurar em Frutal um centro de acolhimento de jovens. Contou também que em breve será inaugurada a primeira Apac feminina de Belo Horizonte.

“A adesão da Cemig e do Instituto Minas pela Paz ao fortalecimento das Apacs é, portanto, um novo alento”, disse, lembrando que serão investidos R$ 7 milhões em soluções de eficiência energética para as Apacs. Em uma primeira fase, explicou, serão capacitdos 920 recuperandos. A ideia é que, até 2022, todas as Apacs estejam usando energia solar. o que poderá reduzir em até 90% a conta de energia nas unidades.

O presidente do TJMG enalteceu ainda o investimento que será feito em treinamentos de instalação predial básica e construção de módulos fotovoltaicos para os recuperandos, “preparando-os para atuação profissional especializada quando retornarem à vida em sociedade”.

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