QUANTOS DIAS DE AULA VALE UMA VIDA? (Anúncio do Sind-UFLA)

Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o Brasil observa um agravamento simultâneo e generalizado dos indicadores de ocupação de leitos clínicos e de UTI, incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave e alta positividade de testes.

Segundo a FioCruz, o Brasil está no pior período da pandemia.

Nunca foi tão necessário, como agora, o reconhecimento de calamidade pública pelo Estado, ações coordenadas de vigilância em saúde e ampliação da vacinação.

No momento de recrudescimento da pandemia a adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais se mostra como o método mais assertivo de supressão da circulação do vírus. Essas são atitudes imprescindíveis para a superação das atuais crises humanitária e sanitária.

Contraditoriamente, no pior período pandêmico em todas as regiões do país, o Poder Público pretende a reabertura das escolas e universidades para as aulas presenciais.

Os números são completamente alarmantes e as previsões dos mais renomados profissionais de saúde convergem para o entendimento de que não haverá diminuição significativa nos índices de infecção e morte em um horizonte próximo.

A gravidade deste cenário não pode ser naturalizada e nem tratada como um novo normal.

O desprestígio pela ciência nas propostas de retorno às aulas presenciais pode custar a vida de muitas crianças, jovens e trabalhadores da educação.

Por isso, o Sind-UFLA chama à responsabilidade os gestores públicos, para que fundamentem suas decisões em critérios absolutamente técnicos e comprometidos com a saúde e conclama à sociedade para que se manifeste publicamente em defesa da vida, contra o retorno das aulas presenciais.

Fonte: Boletins Observatório Covid-19 de 31 de janeiro a 20 de fevereiro de 2021 e 02 de março de 2021 – FIOCRUZ.

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