O ex-governador Aécio Neves (PSDB), um dos nomes mais desgastados da política brasileira, voltou a se movimentar nos bastidores e já planeja sua candidatura nas eleições de 2026. Entre disputar o Senado ou arriscar uma nova corrida ao Governo de Minas, o tucano tenta reviver sua carreira — mesmo carregando uma ficha extensa de investigações, escândalos e denúncias que abalaram o PSDB e o país.
Pesquisas recentes do Paraná Pesquisas colocam Aécio com 27,6% das intenções de voto para o Senado, tecnicamente à frente. O caminho é considerado o mais “seguro” entre aliados, pois a rejeição do ex-governador — apontada pela AtlasIntel como uma das maiores entre políticos mineiros — seria menor em uma disputa com duas vagas disponíveis.
Mas o passado de Aécio fala alto. Em 2017, ele foi flagrado pedindo R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista, dono da JBS, episódio que levou seu afastamento do Senado pelo STF. Embora absolvido depois, o caso destruiu sua imagem pública. Antes disso, já havia sido citado em delações sobre corrupção na estatal Furnas, acusado de caixa 2 na campanha presidencial de 2014 e investigado por lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. Nenhum desses processos resultou em condenação, mas todos deixaram marcas profundas.
Mesmo assim, Aécio tenta se recolocar como figura nacional, articulando sua volta ao comando do PSDB e usando o Senado como palanque para reconstruir poder. Sonhar com o governo é mais arriscado: enfrentaria a força de Romeu Zema e a ascensão da nova direita mineira.
Após anos de escândalos e rejeição, Aécio Neves tenta ressuscitar politicamente, apostando que o eleitor esquecerá o passado e dará uma nova chance a um nome que virou sinônimo de crise, queda e contradição.









