De queimaduras à calvície, a medicina regenerativa redefine os limites da recuperação e da autoestima. A Dra. Aneliza Vittorazzi explica como as terapias celulares estão transformando o cuidado médico e estético.
A medicina regenerativa vem se consolidando como uma das maiores revoluções da saúde moderna, trazendo novas possibilidades para o tratamento de lesões, doenças inflamatórias e até mesmo da queda de cabelo.
Entre os nomes que se destacam nessa área está a Dra. Aneliza Vittorazzi, cirurgiã plástica formada pela USP Ribeirão Preto, que tem aplicado a ciência das células-tronco com resultados expressivos e humanizados.
“Saber que posso acrescentar, que isso vai melhorar a qualidade de vida, reduzir o tempo de internação e as cicatrizes para o paciente, é algo que a gente precisa abraçar”, afirma a médica.
“A medicina regenerativa representa um avanço técnico, mas também um compromisso humano. Ela nos permite cuidar do outro com mais empatia e eficiência.”
A revolução da fração vascular estromal (SVF)
Um dos maiores avanços na medicina regenerativa é o uso da fração vascular estromal (SVF) — um concentrado celular rico em células-tronco e fatores de crescimento, extraído do próprio tecido adiposo do paciente.
Essas células possuem alto potencial de regeneração tecidual, controle inflamatório e estimulação da cicatrização.
Segundo a Dra. Aneliza, os resultados são visíveis em diferentes aplicações, que vão desde o tratamento de queimaduras e lesões complexas até a recuperação capilar em casos de alopecia androgenética.
Cabelos fortalecidos, autoestima renovada
Entre os tratamentos mais procurados está o uso da SVF para queda de cabelo. A técnica, já validada por estudos internacionais, oferece uma abordagem menos invasiva que o transplante capilar, com melhora significativa na densidade dos fios.
“Com a aplicação da fração vascular estromal, conseguimos introduzir nos folículos capilares células-tronco capazes de estimular o crescimento natural dos fios e controlar a inflamação local”, explica a especialista.
Além da eficácia clínica, a médica destaca o impacto emocional: “ver o cabelo voltar a crescer traz um efeito muito além do estético. É sobre recuperar a autoestima e a confiança de pessoas que já haviam perdido a esperança de se olhar no espelho e gostar do que veem.”
Um novo paradigma em tratamentos médicos e estéticos
O método com SVF vem sendo considerado uma alternativa eficaz e complementar ao transplante capilar, podendo inclusive melhorar o resultado de quem já passou pelo implante.
Ao preparar o couro cabeludo e ativar os folículos existentes, o tratamento promove uma resposta mais natural e duradoura.
“O tratamento prepara tanto a área doadora quanto a receptora, o que otimiza os resultados e acelera a recuperação”, explica a Dra. Aneliza.
“Estamos vivendo uma nova era da medicina, que une ciência e empatia para transformar a vida das pessoas.”
Ciência, inovação e humanidade
Mais do que uma tendência, a medicina regenerativa representa um movimento global rumo a uma medicina mais personalizada e menos invasiva.
A Dra. Aneliza resume: “é uma evolução que só agrega. Melhora a medicina que podemos oferecer — para os pacientes e para nós mesmos.”