A Receita Federal divulgou que a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas do governo federal somou R$ 208,791 bilhões apenas em agosto, já considerando os efeitos da inflação. O desempenho impressiona: no acumulado de janeiro a agosto, o montante chegou a R$ 1,888 trilhão — número que, arredondado, representa R$ 1,8 trilhão.
Segundo o Fisco, esse é o melhor resultado arrecadatório para o período desde o início da série histórica, no ano 2000. O crescimento real (descontada a inflação) foi de 3,73% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado principalmente pela alta da tributação sobre lucro, folha de salários e receitas previdenciárias.
O recorde é motivo de comemoração para o governo, que vê espaço para ampliar investimentos e reforçar o caixa diante dos desafios econômicos do país. Por outro lado, reacende o debate sobre a carga tributária brasileira, considerada uma das mais elevadas do mundo.
Os dados reforçam ainda a importância da política de arrecadação como termômetro da atividade econômica. De acordo com analistas, o aumento está ligado à recuperação de setores estratégicos e à ampliação de mecanismos de fiscalização e combate à sonegação.
➡️ Com esse resultado, o Brasil mostra força na arrecadação, mas especialistas alertam: o desafio agora é garantir que os recursos se transformem em melhorias efetivas para a população em áreas como saúde, educação e infraestrutura.