O setor público consolidado do Brasil – que reúne governo central, estados, municípios e estatais – registrou déficit primário de R$ 17,3 bilhões em agosto de 2025, segundo o boletim de Estatísticas Fiscais divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (30). Apesar do rombo, o resultado mostra melhora em relação a agosto de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 21,4 bilhões.
A dívida bruta do país atingiu 77,5% do Produto Interno Bruto (PIB), permanecendo em nível elevado e reforçando a necessidade de atenção à trajetória fiscal.
Na composição do resultado, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) respondeu por um déficit de R$ 15,9 bilhões. Os governos regionais fecharam o mês com saldo negativo de R$ 1,3 bilhão, enquanto as empresas estatais tiveram déficit de R$ 6 milhões.
No acumulado de 12 meses até agosto, o setor público consolidado registra déficit primário de R$ 23,1 bilhões, equivalente a 0,19% do PIB – uma queda em relação ao período encerrado em julho, quando o déficit era de R$ 27,3 bilhões (0,22% do PIB).
Economistas avaliam que, embora o resultado aponte para uma ligeira melhora fiscal, o nível da dívida exige medidas consistentes de ajuste para garantir sustentabilidade das contas públicas a médio e longo prazo.
