O Ministério da Saúde anunciou uma medida histórica para a saúde pública: a partir da segunda quinzena de novembro de 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer gratuitamente a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A doença é uma das principais responsáveis por bronquiolite e pneumonia em crianças pequenas, levando milhares de famílias brasileiras a enfrentar casos graves todos os anos.
Neste primeiro momento, o público-alvo será formado por gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. A estratégia é garantir que os anticorpos sejam transferidos da mãe para o bebê ainda durante a gestação, oferecendo proteção nos primeiros meses de vida — período de maior vulnerabilidade às complicações do VSR.
De acordo com o Ministério da Saúde, a iniciativa pode evitar até 28 mil internações anuais de crianças em todo o país. O impacto positivo esperado não é apenas na saúde, mas também na redução da pressão sobre o sistema hospitalar, especialmente durante o período sazonal de maior circulação do vírus.
A oferta da vacina será possível graças a uma parceria inédita entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer, que permitirá a produção nacional do imunizante. Para o governo, além de proteger milhões de brasileiros, o acordo representa um marco de soberania científica, já que amplia a capacidade do Brasil de fabricar vacinas estratégicas dentro do próprio território.
Serão disponibilizadas cerca de 1,8 milhão de doses em 2025, com início da distribuição previsto para novembro. Estados e municípios receberão os lotes de forma escalonada, com prioridade para gestantes cadastradas no pré-natal.
Especialistas reforçam que a chegada da vacina ao SUS é um avanço histórico e destaca o papel do programa nacional de imunização brasileiro, considerado um dos mais completos do mundo. A expectativa é que, com a expansão gradual da cobertura, o país consiga reduzir drasticamente as complicações provocadas pelo VSR e salvar milhares de vidas a cada ano.
