Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de falsidade ideológica e uso de documento falso junto a ex-instrutor de tiro.
A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Jair Renan Bolsonaro e seu ex-instrutor de tiro, Maciel Alves de Carvalho, por crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A investigação está relacionada a uma suposta fraude em um empréstimo bancário.
De acordo com o relatório policial, Jair Renan e Maciel Alves teriam falsificado quatro relações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia, pertencente ao filho do ex-presidente, para obter um empréstimo bancário. A fraude, que indicava um faturamento fictício de R$ 4,6 milhões entre 2021 e 2022, foi utilizada como lastro para o empréstimo.
O valor original do empréstimo era de R$ 157 mil, mas foi aumentado posteriormente por meio de dois novos empréstimos. A investigação aponta que parte dos valores obtidos de forma ilícita foi utilizada para pagamento da fatura do cartão de crédito da empresa de Jair Renan, totalizando cerca de R$ 60 mil.
Além disso, a polícia afirma que o dinheiro do empréstimo passou por contas ligadas a um “laranja” antes de chegar aos suspeitos, configurando o crime de lavagem de dinheiro. O relatório da investigação também menciona que a empresa RB Eventos e Mídia foi transferida para outro investigado em março de 2023, levantando suspeitas sobre a manipulação dos envolvidos.
A defesa de Jair Renan não comentou o indiciamento, enquanto o advogado de Maciel Alves afirmou que seu cliente foi absolvido das acusações anteriores e espera nova absolvição. O G1 não conseguiu localizar a defesa do terceiro investigado, Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, atual proprietário da RB Eventos e Mídia.
Agora, caberá ao Ministério Público decidir se oferece denúncia à Justiça com base no indiciamento da Polícia Civil do DF.
fonte: G1
