Em um movimento significativo na Câmara dos Deputados, 257 parlamentares assinaram um requerimento solicitando urgência na tramitação do Projeto de Lei (PL) nº 2.858/2022, conhecido como PL da Anistia. O projeto propõe anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília.
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o apoio ao pedido de urgência ultrapassou as expectativas, contando não apenas com os 92 deputados do PL, mas também com adesões de outras legendas, incluindo Progressistas, União Brasil, PSD, Podemos, MDB e Solidariedade. Segundo Cavalcante, a intenção é alcançar um quórum de 308 votos, número necessário para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), como forma de enviar um “recado ao Supremo Tribunal Federal (STF)” sobre a força política da proposta .
Apesar do número expressivo de assinaturas, a tramitação do projeto enfrenta obstáculos. O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não pautou a votação do requerimento de urgência. Motta tem adotado uma postura cautelosa, buscando evitar pautas polêmicas no início de sua gestão e sinalizando que a discussão sobre a anistia poderá ser adiada para permitir uma reorganização da base política do governo .
