Vigilância Ambiental de Lavras realiza inquérito amostral para Leishmaniose

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Foi iniciado nesta segunda-feira (18/05) o quinto estrato de inquérito amostral para Leishmaniose. Trata-se de um levantamento feito pela Vigilância Ambiental, para identificar o índice de cães contaminados pela doença em Lavras. Os trabalhos terão início em seis quarteirões do bairro Jardim América.

As amostras são coletadas em cada quarteirão, casa sim, casa não, de acordo com os critérios do Ministério da Saúde. Após a análise das amostras coletadas, será definido se há necessidade da realização do inquérito censitário, com a coleta de sangue dos cães de todas as residências.

A perspectiva da Vigilância Ambiental é de que até o dia 6 de julho sejam realizados cerca de 430 exames em 18 bairros, de acordo com o cronograma abaixo:

 

INQUERITO AMOSTRAL

(LEISHMANIOSE)

Nº de BairrosBairroNº de QuarteirõesQuarteirões
1JARDIM AMERICA062, 4, 8, 14, 20, 26.
2NOVA LAVRAS043, 4, 8, 11.
3OLARIA044, 7, 9, 13.
4PITANGUI072, 5, 13, 14, 15, 21, 27.
5BAUNILHA024, 5.
6INÁCIO VALENTIN101, 5, 14, 21, 26, 28, 29, 37, 38 39.
7VILA ESTER011
8VILA BANDEIRANTES031, 5, 6.
9JARDIM ALTEROSA051, 6, 11, 15, 16.
10DONA WANDA031, 6, 9.
11MONTE LÍBANO I022, 10
12MONTE LÍBANO II013
13MONTE LÍBANO III014
14CENTENÁRIO021, 5.
15VILA BRASÍLIA012
16NOSSA SENHOR APARECIDA013
17BAIRRO DOS IPÊS012
18RESIDENCIAL ALPHAVILLE014

O inquérito amostral é feito por meio de um teste rápido. Os agentes fazem a coleta de uma pequena amostra de sangue da orelha do animal, que permitirá a emissão do resultado positivo ou negativo para a Leishmaniose imediatamente. Em caso de resultado positivo, a amostra de sangue é enviada para o laboratório da Fundação Ezquiel Dias (FUNED) em Belo Horizonte, para verificação. Se confirmar caso de Leishmaniose, o proprietário do animal será comunicado, para que sejam tomadas as devidas providências.

O inquérito amostral está sendo realizado desde setembro de 2014. Os quatro estratos de inquérito amostral anteriores já foram realizados nos bairros Jardim Glória, Jardim Campestre I, II, III; Vila Rosalina; Vila Newton Teixeira; Jardim Fabiana; José Moura Amaral; Jardim Klitiana; Jardim das Acácias; Vila São Francisco; condomínio Flamboyants; Judith Cândido; Alto dos Ipês; Cidade Nova; Caminho das Águas II; Cohab I e II; Nova Era I, II e III; Vila Mariana; Esplanada; Vila Paraíso; Jardim Europa; Nossa Senhora de Lourdes; Lavrinhas; Aquenta Sol; Goiabeiras; Lagoa dos Ipês; Epamig; Subestação e Centro Norte.

A Leishmaniose visceral canina é uma doença grave que acomete vários mamíferos, transmitida por um protozoário que tem o nome científico de Leishmania chagasi. O seu principal transmissor (vetor) é um inseto (flebotomíneo), da espécie Lutzomyia longipalpis, também conhecido como “mosquito palha”. O contágio em cães e no homem ocorre através da picada do inseto infectado.

O cão é considerado um importante reservatório do parasita pela sua proximidade com o homem e constitui o principal elo na cadeia de transmissão de Leishmaniose visceral nas zonas urbanas. Há outros animais silvestres que podem servir de hospedeiros intermediários desta doença, mas é impossível pegar a doença por contato direto com esses animais. A doença não é transmitida por meio de lambidas, mordidas ou afagos. O contágio ocorre somente pela picada da fêmea infectada do “mosquito palha”.

O aparecimento dos primeiros sintomas da Leishmaniose, após a transmissão pela picada do “mosquito palha”, pode demorar semanas ou até alguns anos; cerca de 20% dos animais infectados podem nunca manifestar sintomas. A maioria dos animais aparenta estar saudáveis na época do diagnóstico clínico, mas quando desenvolvem a doença podem apresentar os seguintes sintomas: apatia; perda de apetite; emagrecimento rápido; feridas na pele, pelos opacos; crescimento anormal das unhas; aumento abdominal; problemas oculares; diarréia; vômito e sangramento intestinal.

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