“Tanto Tempo” é a crônica de Paulo Curió para essa semana

Tanto Tempo

Das muitas perguntas sem resposta sobre nós, a maior delas é – Ainda sinto sua falta ou sinto falta de quem era ao lado teu? – por mais que tente, nunca concluo. Sei que você não existe mais, não a mulher que amei. Você mudou, mudei também, não somos e jamais seremos os mesmos, isso é natural e assustador.

Amiúde me pergunto como seria te reencontrar, na verdade isso jamais acontecerá. Se quem amo deixou de existir, encontrarei outra pessoa, será que a amarei também? Calcule o risco. Revê-la e sentir todo aquele amor descontrolado novamente dentro do peito, mesmo sabendo que não posso vivê-lo ou, pior ainda, odiar quem você se tornou e destruir tudo que ainda habita em mim e me faz sorrir sempre que sua lembrança me invade. Corro riscos demais!

Me disseram – Você está passando por uma fase, ninguém sente um amor intenso desses por tanto tempo – talvez seja verdade. Só não sei a real definição de “tanto tempo”. Deve ser algo relacionado ao passado, só que você está aqui o todos os dias. Quem me olha, quem me lê, sabe disso.

Já faz tanto tempo e, ainda assim, é todo dia!

Paulo Curió

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