Sujeira toma conta de ribeirões e bueiros em Lavras

Em meio ao tempo seco da mais florida das estações, a primavera, poucos se lembram dela: a chuva. Mas após um período de forte estiagem, ninguém dúvida que ela vira com força total para alegria de uns e tristeza de outros.

Os outros em questão são moradores que residem próximo a córregos e bueiros tomados pelo mato e lixo. A reportagem do site Lavras 24 Horas esteve nas mediações da Rua dos Expedicionários, na zona norte, onde muitos moradores convivem com a ameaça real de enchentes. Um problema que há décadas virou uma espécie de sina para quem vive no local.

Ao lado do córrego que corta o espaço, o chamado Ribeirão Vermelho, não há sinal de sujeira. Nas suas margens há somente um urubu morto, enquanto algumas galinhas ciscam na terra vermelha. Segundo moradores, o trabalho de limpeza da área foi feito recentemente pela Prefeitura de Lavras.

No entanto, do outro lado da pequena ponte que corta o córrego, a situação continua como sempre esteve: há grande quantidade de mato alto e detritos de toda sorte. Um imenso cano que pertence a Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa) corta o córrego.

Sequencia mostra “limpeza” empreendida pela Prefeitura Municipal: de um lado, capina e varrição nas margens de córrego na zona norte (…)

A obra feita pelo serviço de capina e varrição da prefeitura deixa desconcertado quem a observa, mas para quem vive ao lado do problema é quase um desespero. É o caso de Jaime Nogueira, 68 anos. Ele já enfrentou oito enchentes e perdeu vários móveis quando a água invadiu sua casa. Para ele, que vive naquela região há 48 anos, trata-se de má gestão e vontade política do Executivo.

(…) Do outro, o mato e a sujeira tomam contam do mesmo local para desgosto do morador Jaime Nogueira.

“A prefeitura não limpa porque alega que não existe como realizar a limpeza com retroescavadeira. São apenas 200 metros de extensão que limpados resolveria o problema. O cano da Copasa ajuda a reter objetos que descem com a água durante as chuvas. O lugar dele nunca foi aqui. Na época de chuva a gente nem dorme’, desabafou.

Bueiros

A situação na rua Lourenço Menicucci Filho, no bairro Retiro, também é delicada. Um ribeirão formado por pequenas nascentes que corta a via é o motivo de preocupação para os moradores. O local já foi alvo de várias enchentes ao longo dos últimos anos, mas continua abandonado. O mato e a sujeira tomam conta de suas margens. Administrações municipais passadas canalizaram a água de chuva no córrego, o que aumentou o problema.

Sujeira toma conta de bueiro da rua Bié dos Reis, em pleno centro de Lavras.

Cansado de ver o quintal de sua residência ser tomado pela água de enchentes, o morador José Roberto Leopoldino chegou a entrar com uma ação junto ao Ministério Público para tentar solucionar o situação. “Uma chuva de média intensidade é capaz de inundar a rua por conta da sobrecarga no escoamento da água. Pelo visto não há interesse da prefeitura em resolver o nosso problema”, disse.

Na avenida avenida Juscelino Kubitschek a reportagem também ouviu de empresários que reclamam da falta de limpeza de dois bueiros do local. Mesmo pequenos, eles são responsáveis pelo escoamento do forte contingente de águas da chuva que desce de ruas próximas. O trecho sofre com enchentes constantes e já provocou inundações em empresas instaladas no local.

Situação de ribeirão no bairro Retiro.

Na rua Bié dos Reis Vilela, em plena Praça do Trabalhador, outro bueiro entupido também levada preocupação, como outros espalhados por vários ponto da cidade que, ao que tudo indica, não tem se preparado de forma adequada para eventuais situações de perigo provocadas pelas chuvas de verão.

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