Quem ama não espera, faz acontecer…

Confesso que tenho uma profunda admiração por pessoas que cuidam, protegem e amam os animais, principalmente, aqueles abandonados nas ruas, machucados pela solidão e judiados pela insensibilidade humana.  Cuidar de animais não é para qualquer um. É preciso ser humano o suficiente para dedicar amor e carinho aos animais de estimação.

Infelizmente, ainda presenciamos muita crueldade, maldade, desrespeito e falta de amor a esses animais que fazem parte do nosso convívio, especialmente, os cães e gatos. Em nossa cidade não é diferente. Vemos muitos animais sendo abandonados, sofrendo maus tratos e sendo agredidos com violência e descasos.

Existem pessoas que, equivocadamente, acreditam que aqueles que trabalham em prol dos nossos “amiguinhos” estão omitindo a sua ajuda às pessoas carentes e necessitadas de nossa sociedade. Dizem que animais não são prioridades, por isso, não deveriam receber tanto carinho e atenção. Outros, ainda, com os dedos em ristes, afirmam que é um equívoco gastar tempo e dinheiro cuidando dos bichos, enquanto crianças inocentes morrem de fome pelo mundo afora.

Acredito que quem faz o bem ao próximo não deixa de se compadecer com a dor de um animal em sofrimento. Acredito também que quem acolhe e cuida de animais abandonados não fecha o coração para as misérias humanas. Quando a alma é boa, ela faz o bem a todos e em todos os sentidos, pois a essência do amor é ser universal. Por isso, amar é uma ação que gera atitudes de transformação.

Mas são justamente nos momentos de desalentos que aparecem os que chamo de “heróis do cotidiano”. Poderíamos lhes dar vários codinomes, como por exemplo: “anjos da guarda”, “protetores”, “defensores” ou “amantes” dos animais. Mas são apenas seres humanos sensíveis, com alma doce e bondade suficientemente generosa para se colocarem no lugar do outro, mesmo que seja um cachorrinho ou um gatinho, e compreender os sentimentos e os sofrimentos que sentem diante de algumas situações.

Cuidar de animais abandonados, feridos, solitários e famintos não significa desprezar as pessoas e nem ser responsáveis pelas crianças que morrem de fome no Brasil ou na África. Essa responsabilidade é nossa, como humanidade, que busca acumular mais do que o necessário para uma vida digna. Quem ama e protege os animais apenas revela que seus corações são repletos de sentimentos humanos e divinos, que agem para promover o bem em todos os sentidos. Uma visão e uma ação franciscana dos tempos modernos.

O interessante é que quem se coloca contra os que fazem bem aos animais, geralmente, não fazem nada, nem pelos animais e nem pelas pessoas que dizem ajudar.  Amor é doação. Doação é ação. Ação é comprometimento. Comprometimento é aliviar as dores de quem sofre. Por isso, quem ama não espera, faz acontecer…

Parabéns aos “anjos das guardas” dos nossos queridos “amiguinhos”, os “heróis do cotidiano”. Que eles nunca percam a esperança e a vontade de lutar para fazer o amor prevalecer, mesmo diante das incompreensões de alguns e perseguições de outros…

 

Dieikson Carvalho

dieiksonprof.wordpress.com

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