Projeto de ex-aluno da UFLA é premiado na maratona hacker da ONU

Paulo Henrique Graciano, formado em Engenharia de Alimentos na Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi um dos premiados na maratona hacker promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) na Campus Party Brasil. Foram mais de 1.300 inscritos, com a apresentação de projetos voltados para o desenvolvimento sustentável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil (PNUD).

Mais de 100 horas diretas de atividades, com o desenvolvimento de 50 projetos. Destes, 20 foram selecionados, sendo três premiados. O projeto Teto de Verde, de Paulo Henrique, ficou entre os três melhores, recebendo a menção honrosa da ONU. Além disso, o projeto Teto de Verde foi o que mais envolveu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), compostos por 17 metas que a ONU propôs mundialmente para que sejam resolvidas até 2030.

“A UFLA sempre foi exemplo de como ser sustentável e de como isto poderia gerar um mundo melhor. Com certeza a universidade contribuiu muito para que eu estivesse ligado a esse projeto”, comenta Paulo Henrique.

A equipe de Paulo Henrique apresentou um programa de hortas em topos de edifícios. “Oferecemos Telhado Verde construído com hortas orgânicas para espaços corporativos, com a intenção de harmonizar ambientes coletivos, incentivar o consumo de produtos orgânicos e uma relação solidária na produção do alimento. Somamos ainda a replicação social, representada da seguinte forma: a cada horta vendida, doamos outra idêntica a um espaço social escolhido pelo cliente. Assim, começamos a tecer uma tênue ligação entre o mundo corporativo e o social com geração de alimentos em dois espaços distintos”, explica.

Premiação da maratona hacker promovida pela ONU na Campus Party Brasil
O engenheiro de alimentos ressalta que este processo envolve 13 ODS, por ser criado a partir de uma cadeia que estimula a geração de renda solidária. “Nossos fornecedores são cooperativas de catadores (que fornecem o material a ser usado para montagem das estruturas), grupos de agricultura familiar (fornecedores de material orgânico, mudas, adubo e terra), além de contarmos com o olhar cuidadoso e profissional através da capacitação de mulheres refugiadas que trabalham na manutenção dos espaços”, relata.

Para a equipe do projeto Teto de Verde o principal sonho é conseguir levar uma alimentação mais saudável para pessoas de baixa renda, estimular o aumento da geração de renda para pequenos grupos econômicos, melhorar a integração das pessoas nos espaços corporativos, e estimulá-los a ressignificar as suas relações com o meio em que estão inseridos. Além de colaborar para que mulheres refugiadas possam conquistar uma autonomia financeira.

Paulo Henrique

Formou-se em Engenharia de Alimentos em abril de 2016. Trabalhou na Aurora Alimentos e no Grupo Gonzales. Paralelamente, trabalhou no Encontro de Jovens transformadores, uma iniciativa de desenvolvimento de negócios sociais. Recentemente começou a integrar a equipe do Teto de Verde, como engenheiro de alimentos e designer gráfico.

Equipe do Teto de Verde: Além do engenheiro de alimentos Paulo Henrique, o projeto também é composto por Abigail (administração de negócios sociais), Edileusa (geógrafa), Gustavo (advogado), Siro (programador e desenvolvedor) Hilton (analista de banco de dados).

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.

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