Por Diego Nascimento: O jovem chefe

 

Por Diego Nascimento*

Meu histórico profissional é repleto de capítulos que renderiam artigos e mais artigos sobre a conduta no trabalho. É fácil recordar alguns episódios onde o domínio próprio e a mansidão foram atitudes marcantes em cenários tempestuosos. Dos 21 aos 23 anos de idade recebi duas promoções no emprego: na primeira fui nomeado coordenador de um importante departamento e, na segunda, assumi a gerência geral. Aparentemente algo simples se não fosse o curto intervalo e, também, minha faixa etária.

Talvez você esteja pensando que essa situação é atípica, mas não é. A chegada de líderes cada vez mais jovens ao mercado de trabalho é uma tendência em escala global e que pode bater à nossa porta quando menos imaginarmos. No meu caso havia pessoas com o dobro da minha idade e confesso que não foi uma tarefa simples. Por outro lado, posso dizer que a harmonia era uma característica comum na minha gestão e atribuo esse resultado ao trabalho em equipe e aos valores de vida que aprendi ao longo da infância e da mocidade.

Há quem diga que a liderança jovem traz mais energia às atividades; do lado oposto existe o grupo que defende uma administração mais experiente e atribui essa característica a idade. Não estou aqui para discutir sobre quem deve ganhar a queda de braço mas saiba que nem sempre o empreendedorismo e a sabedoria estão atrelados à data de nascimento. É aqui que entra a famosa Gestão Participativa, que permite o envolvimento dos colegas de trabalho nas tomadas de decisão. Diante disso quero registrar cinco dicas para quem lidera e para os que são liderados:

  • Ações autoritárias e centralizadoras fragilizam sua interação com a equipe. Sendo um líder jovem ou mais experiente mostre sua disponibilidade em ouvir os outros;
  • O que aprendemos no ambiente acadêmico serve de direção para o cotidiano profissional, mas nem sempre a solução dos problemas estará nas páginas dos livros ou artigos acadêmicos;
  • A posição de líder e liderado pode se inverter a qualquer momento. Esteja pronto a assumir ambas;
  • Henry Ford, aos 33 anos, teve seu primeiro modelo de automóvel aprovado. Senor Abravanel, o Sílvio Santos, ainda é um grande exemplo de persistência aos 85 anos de idade;
  • O respeito é capaz de romper barreiras. Seja de qual lado estiver (liderando ou sob liderança) entenda que há limites.

Se estamos no mercado de trabalho é por uma causa nobre e não tenho dúvidas disso. Existimos para servir ao próximo (pelo menos deveria ser assim). Encerrarei meu artigo com a fala do maior líder de todos os tempos: Cristo. Busco seguir o exemplo Dele, afinal, toda ação gera uma reação. Jesus os chamou e disse: “Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” – Mateus 20, 25 a 28.

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