Por causa de febre amarela, cidade sulmineira deixa carnaval para junho

Cancelado por causa do risco de transmissão da febre amarela no Sul de Minas, o carnaval de Cássia (MG) deve ficar para junho. Segundo o secretário de Turismo, José Eduardo Almeida, a decisão foi tomada para reduzir os prejuízos da não realização da festa para os comerciantes. A cidade de Cássia não tem casos da doença, mas fica a 28 Km de Delfinópolis (MG), que já teve três mortes confirmadas por febre amarela, além de um paciente que se recuperou. Pela proximidade, a cidade é considerada área de risco junto com outros 10 municípios da região de Passos e Delfinópolis.

“Fizemos uma reunião com a Secretaria de Estado de Saúde e, apesar de Cássia não ter nenhum caso [de febre amarela], eles colocaram que situação da região é preocupante”, disse o secretário. “Nós negociamos com as bandas uma micareta em junho, então eles não estão cobrando multa contratual. De 16 a 18 de junho, nós vamos realizar essa micareta em Cássia com as mesmas bandas”, informou Almeida.

Cancelado por causa do risco de transmissão da febre amarela no Sul de Minas, o carnaval de Cássia (MG) deve ficar para junho. Segundo o secretário de Turismo, José Eduardo Almeida, a decisão foi tomada para reduzir os prejuízos da não realização da festa para os comerciantes. A cidade de Cássia não tem casos da doença, mas fica a 28 Km de Delfinópolis (MG), que já teve três mortes confirmadas por febre amarela, além de um paciente que se recuperou. Pela proximidade, a cidade é considerada área de risco junto com outros 10 municípios da região de Passos e Delfinópolis.

“Fizemos uma reunião com a Secretaria de Estado de Saúde e, apesar de Cássia não ter nenhum caso [de febre amarela], eles colocaram que situação da região é preocupante”, disse o secretário. “Nós negociamos com as bandas uma micareta em junho, então eles não estão cobrando multa contratual. De 16 a 18 de junho, nós vamos realizar essa micareta em Cássia com as mesmas bandas”, informou Almeida.

Cássia é uma cidade turística com cerca de 15 mil habitantes e tem um dos carnavais mais tradicionais do Sul de Minas. Em 2016, a festa há havia sido cancelada por falta de recursos. Neste ano, o surto de febre amarela em Minas Gerais suspendeu a festa mais uma vez.

O cancelamento deixou muitos moradores decepcionados. “É uma festa muito querida pela cidade, todo mundo estava esperando, desejando”, lamenta o pespontador Jonas Araújo.

Mas a notícia de que o evento será mantido, embora em outra data, traz um alívio para comerciantes como Renato Rossato de Araújo, que é dono de uma sorveteria e já tinha começado a preparar o estoque para a chegada dos turistas. “O comércio fica esperando uma festa para acertar os negócios, para não ficar no vermelho. Agora [se] não tem a festa, vai continuar no vermelho”, comenta.

Em Delfinópolis (MG),a preocupação é semelhante. Os casos de febre amarela mudaram a cara do carnaval. “Além da crise [financeira], a febre amarela é um agravante. A gente tem por obrigação orientar o turista e a população. Foi feito um trabalho com o Ministério da Saúde, Estado e municipal”, diz a assistente social da prefeitura, Meire Inoa.

Em 2016, o carnaval levou para o município de quase 7 mil habitantes pelo menos 10,6 mil turistas, segundo dados da prefeitura. Sem a festa, o movimento deve cair, mas alguns comerciantes acreditam que a orientação adequada e os atrativos naturais não tirarão Delfinópolis da rota dos turistas.

“Perguntam como é que está, se já aconteceu algum caso, mas poucos [perguntam]”, diz Francisco Neto Ferreira, dono de uma pousada que tem 33 apartamentos e está com taxa de ocupação em 95% para o fim de fevereiro.

A professora aposentada Cecília Lemos não mudou os planos por causa das notícias sobre febre amarela e garante não se arrepender. “O pessoal pode vir. Os passeios são ótimos, as cachoeiras são lindas. A cidade é muito gostosa, tem barzinhos bons para a moçada. Pode vir porque vai se divertir da mesma maneira, sem o carnaval de rua”, afirma.

Febre amarela na região
De acordo com relatório divulgado na sexta-feira (10) pela Secretaria Estadual de Saúde, há 39 municípios com casos confirmados de febre amarela. No Sul de Minas, apenas Delfinópolis integra o relatório, com quatro registros, dos quais três são de pessoas que morreram por causa da doença.

Segundo o órgão, o histórico de Delfinópolis colocou o município e a área que inclui outras 11 cidades no mapa de zonas de risco para a febre amarela em Minas Gerais. Além de Cássia, constam na lista Capitólio (MG), Claraval (MG), Doresópolis (MG), Guapé (MG), Ibiraci (MG), Passos (MG), São João Batista do Glória (MG), São José da Barra (MG), São Roque de Minas (MG) e Vargem Bonita (MG).

Nesta sexta-feira, a cidade de São Sebastião do Paraíso (MG) também comunicou o cancelamento do carnaval de rua por estar próxima à microrregião da qual Delfinópolis faz parte, a de Passos, que possui várias cidades na área de risco.

Ainda de acordo com o mesmo relatório, as cidades de Poços de Caldas (MG) e São Roque de Minas (MG) tiveram casos de macacos mortos por febre amarela, embora não haja pessoas com suspeita de terem contraído a doença.

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