A reforma da Previdência que está em discussão em Brasília e deve ser votada em fevereiro foi discutida por movimentos sociais, estudantes, professores e moradores de Lavras (foto) na noite desta terça-feira, dia 24. O público marcou presença no Salão Paroquial da Igreja Matriz de Sant’Ana.
O seminário foi conduzido pela Diretora Financeira Adjunta da Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg), Maria Aparecida Meloni. Ela afirmou que a reforma da Previdência tem preocupado todos os trabalhadores, servidores públicos e até aposentados pelos impactos negativos que podem vir a trazer.
Para Maria Aparecida Meloni, não há nada a se aproveitar da proposta. “Ela é muito ruim, precisa ser jogada no lixo. Ela tem uma concepção de mercado. A Previdência é a vida da pessoa”. Ela salientou que a reforma pretende acabar com os direitos sociais ao atingir áreas como Educação, Saúde, Cultura e direitos trabalhistas.
“Precisamos que a reforma da Previdência amplie os direitos dos cidadãos. Nós vivemos em um país desigual com diferenças regionais e sociais gritantes”, completou.
De acordo com Giovana Augusta Torres, uma das diretoras da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Lavras (ADUFLA) e membra do Fórum Municipal de Lutas, a reforma faz parte de um desmonte não só do sistema previdenciário, mas de toda a malha social.
“Há um muro de mentiras sobre esse tema. A população deve pressionar os deputados federais a votar contra aquilo que não é de interesse dela”, avaliou Giovana Augusta Torres.
Maria Aparecida Meloni falou também da importância de encontros como o ocorrido na cidade. “A população tem consciência de que a reforma da Previdência nasceu para penalizar a todos. Isso é resultado de encontros como esse, onde a conscientização acontece. Esse é um momento importante para pressionar os deputados federais que vão votar essa reforma”, finalizou.