O que você precisa saber sobre Doenças Negligenciadas e como elas afetam sua vida

 

As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) afetam, todos os anos, milhões de pessoas no mundo, principalmente de baixa renda. Causadas por vírus, bactérias, vetores e protozoários, esses males, muitas vezes, são consequências da falta de moradia e de saneamento básico.

Tais enfermidades estão mais presentes do que se imagina: dengue, zika, chikungunya e leishmaniose são apenas algumas das doenças listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como negligenciadas, conforme explica a professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Lavras (DAS/UFLA). “A OMS considera 17 grupos de doenças negligenciadas, e elas exigem ações diferenciadas em diversas partes do mundo, com grupos de pessoas que se reúnem para definir formas de controle de prevenção, diagnóstico, erradicação e ações de ações voltadas para a informação da população. Dos 17 grupos, 14 estão presentes no Brasil. O Ministério da Saúde possui uma série de programas estratégicos de combate e controle de diversas dessas doenças”.

A denominação “negligenciadas” é uma menção ao fato de que essas doenças são as que menos recebem investimentos em pesquisas, produção de medicamentos e vacinas, mesmo sendo as que mais matam no mundo. Segundo a OMS, a estimativa é de que um bilhão de pessoas tenham recebido tratamento para, pelo menos, uma doença tropical negligenciada somente no ano de 2015. Para a especialista, o grande problema dessas doenças, além do investimento financeiro, é em relação à falta de informação sobre elas no meio social. “Não é só a doença que é negligenciada; a própria população tem poucas informações. Por isso, nós, das universidades, temos a capacidade de levar conhecimento para estas pessoas, orientando sobre as medidas de prevenção, que, muitas vezes, são desconhecidas.”

Dada a importância de se debater a respeito dessas doenças, será realizado, de 24 a 26 de maio na UFLA, o IV Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas (IV SBDN). Serão mais de vinte temas que abordarão, por exemplo, as leishmanioses, a hanseníase, as arboviroses (que incluem doenças como dengue, zika, febre chikungunya e febre amarela), a doença de chagas, as helmintoses (ascaridíase, teníase e esquistossomose são exemplos), sífilis e HIV. O evento é voltado para os profissionais de saúde “É um simpósio que integra a universidade com o serviço de saúde. Vários profissionais que atuam na atenção primária foram convidados; a intenção é estreitar esses laços e, assim, melhorar a qualidade de vida da população, ” enfatiza Joziana.

Para alertar a população sobre as doenças negligencias mais comuns e suas formas de contaminação, prevenção e tratamento, a diretoria de comunicação da UFLA preparou uma série de reportagens que serão divulgadas nas páginas da Universidade na Internet nos próximos dias.

 

*Ascom Ufla

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