MG tem 21% de estradas em estado de conservação ruim ou péssimo

 

 

O estado de conservação das rodovias federais que cortam Minas Gerais pioraram no último ano. É o que mostra a segunda edição do Índice de Condição da Manutenção (ICM), divulgada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nesta quarta-feira. O estudo indica que o Estado tem quase 21% de estradas sob responsabilidade do órgão em estado ruim ou péssimo. O órgão aponta a diminuição de repasse de recursos para o resultado.

A pesquisa foi feito pelo Dnit com o objetivo de fazer uma radiografia das condições da malha federal. O ICM é obtido com a soma do índice do pavimento – que tem peso de 70% na nota final – com o índice de conservação. Os critérios para avaliação do pavimento consideram a ocorrência e a frequência de defeitos no pavimento, enquanto os critérios para avaliação da conservação analisam a roçada (altura da vegetação), a drenagem (dispositivos superficiais) e a sinalização (elementos verticais e horizontais).

Os dados de 2018 mostram que 59,7% das rodovias mineiras sob responsabilidade do Dnit, que representa 4 mil quilômetros, estão em bom estado de conservação. Outros 19,6%, aproximadamente 1,3 mil quilômetros, estão regular, 5% (338 km) estão ruins, e 15,7% (1 mil km) estão em situação considerada péssima.

Em relação ao levantamento anterior, realizado em 2017, houve piora no estado de conservação das estradas. Na primeira edição do ICM, 72% das rodovias mineiras foram consideradas boas, 18% regular, 6% ruim, e 3% péssimo. Os dados refletem a situação no país. Neste ano, a pesquisa mostrou que 59% estão em bom estado de conservação, 18% das estradas estão em estado regular; 10%, ruim; e 13%, péssimo. No primeiro levantamento, 67,5% das rodovias estavam em bom estado; 21%, regular; 7%, ruim; e 5%, péssimo.

Na divulgação do estudo, o Dnit afirma que a queda coincide com a diminuição dos recursos destinados à infraestrutura rodoviária. “Nos últimos quatro anos, a média do orçamento do Ministério dos Transportes para o setor rodoviário caiu 28%, passando de R$ 9,66 bilhões, entre 2011 e 2014, para R$ 6,97 bilhões, de 2015 a 2018”, disse. “A redução provocou uma variação negativa de 22% nos recursos para manutenção e conservação das rodovias no comparativo entre esses dois períodos citados.No entanto, nos últimos quatro anos, o ministério tem direcionado mais da metade do seu orçamento (54%, em média) para a manutenção da malha federal”, completou.

Metodologia

Para se ter ideia, uma estrada considerada em boas condições precisa não ter buracos, ter poucas ocorrências de remendos e/ou trincas, ter canteiros centrais e áreas vegetais laterais podadas, e sinalização visível. Já as consideradas ruins ou péssimas, têm vários remendos, as chamadas panelas, que são cavidades na pista, sinalização precária e mato alto.

Equipes técnicas do Dnit percorreram cada rodovia da malha federal pavimentada para realizar o levantamento. Foi feito um georreferenciamento das estradas por satélite. As rodovias em pista simples são avaliadas em um sentido, considerando as duas faixas. As em pista dupla nos dois sentidos, de forma independente. Depois disso, os dados são registrados no aplicativo criado pela área de engenharia do órgão para conclusão do levantamento e elaboração do relatório.

 

Fonte: João Henrique do Vale/Portal Uai

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