MG: Professores de escolas particulares decidem cruzar os braços

Lucas Eduardo Soares*

Os professores de escolas particulares de Minas Gerais decidiram, por meio de assembleia realizada nesta terça-feira, que irão cruzar os braços a partir desta quarta-feira. Após reunião entre representantes do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), que aconteceu no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), os trabalhadores decidiram pela paralisação. A categoria quer que o sindicato patronal aceite a proposta feita pelos professores.

De acordo com Valéria Morato, presidente do Sinpro Minas, na semana passada os professores já haviam decidido entrar em estado de greve e, no encontro de hoje, a categoria “não recuou”. “Os trabalhadores decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado para e que as intervenções na convenção coletiva de trabalho (CCT) sejam pautadas na proposta sugerida pela categoria”, explicou.

Apesar de ter declarado greve, de acordo com a presidente, alguns professores estão articulando idas às escolas para atender as necessidades dos alunos e avisar sobre a paralisação, sendo que, na quinta-feira, eles deverão parar totalmente. “Na quinta-feira, vamos acompanhar, com um ato, a reunião de mediação que acontecerá no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG). Depois, faremos uma reunião para definir os rumos do movimento”, acrescentou.

O Sinpro Minas alega que o sindicato patronal “quer mexer em praticamente todas as 50 cláusulas da convenção coletiva”, acabando com benefícios como o adicional por tempo de serviço, o quinquênio e o direito a bolsas de estudo nas instituições em que o professor não leciona, além de impor redução no calendário de férias e pretender acabar com o intervalo entre as aulas.

Outro lado

Em nota publicada no Facebook, o Sinep-MG explicou que propôs prorrogação da data-base da categoria para negociar a manutenção da convenção coletiva de trabalho até 30/5, sendo que a proposta foi negada pelo Sinpro Minas. O sindicato ressaltou que apresentará uma contraproposta, que será discutida em assembleia geral marcada para esta quarta-feira, e que “não se pode falar em greve, uma vez que a atual convenção tem vigência até 30 de abril”.

Para a entidade, o principal embate é o adicional por tempo de serviço (5% de acréscimo salarial a cada cinco anos de casa), que o Sinep considera pesado para as escolas. A entidade afirma que não propõe o fim do direito, mas uma negociação. Quanto às bolsas de estudo, sustenta que a proposta é de regularização do benefício.

“Após várias ponderações, o sindicato da categoria informou que realizaria assembleia hoje à noite (terça-feira) e nos dariam um retorno quanto à marcação de uma nova data para reunião”, detalhou. (Com informações de Gabriel Ronan)

* Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa

Fonte: Portal Uai

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