Meu pai, my love

Meu pai nasceu em Lavras, no ano da graça de 1910, quando o fulgor do cometa Halley, brilhou no firmamento.

Filho de João Renato e Maria do Rosário e irmão de Túlio, Luís, João, Vindinha e Milita.

Seu pai, João Renato de Pádua era membro de uma importante família lavrense e que por conta da violenta política da época e por seu espírito criativo, exerceu várias funções,mas que se notabilizou no jornalismo, como fundador de “A Gazeta”, o jornal que mais tempo perdurou até ser ultrapassado pela “Tribuna de Lavras”.

Formado em Odontologia em Uberlândia trabalhou em Lavras e Região, até que fez as malas e foi fazer parte de um projeto de saneamento básico em GovernadorVadadares

Lá, tornou-se professor, depois proprietário de escola, onde mostrou pioneirismo para as coisas do mundo moderno.

Bode velho, recheiado de princípios éticos e morais,pautou sua vida por dedicação extrema à sua querida esposa Maria e a família.

Hoje muitos se orgulham de ter sido seus alunos no Gammon, onde ensinava de forma moderna, Desenho, Geografia, História e Ciências.

Homem honrado, respeitado nas comunidades onde viveu sempre recusou exercer cargos e funções públicas..

Aos oitenta e tantos janeiros, lembra-vase de um passado distante vivido na velha fábrica de tecidos e de sua transferência para Lavras, capitaneada pelo pai, e de que não se perdeu um parafuso sequer.

Falava das proezas e tristezas da família metida nas então lutas políticas sempre duras e preconceituosas.

Meu amigo Sílvio Fontes, então vice-prefeito de Lavras, acompanhou seu desenlace deste nem sempre belo mundo, como almejamos.

De seu amor e dedicação, à minha mãe Maria, a minha irmã Sueli e a toda família, uma frase pode marcá-lo para sempre na minha memória: ” Um pai sábio deixa que os filhos cometam erros”, disse o líder indiano Mahatma Ghandi.

E finalizo este rol de recordações, afirmando ser Renato, meu pai, my love!

 

 

 

 

 

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